Como era a Serra nas primeiras décadas do século XX? E a Serra Sede, o berço, a origem, daquele que se tornaria o mais populoso e estratégico município do ES?
Como viviam seus moradores, antes do vertiginoso desenvolvimento que fez da Serra um gigante do comércio e da indústria?
Como era, quais os hábitos, daquele povo secular, simples e nobre, que viu surgir dentro e em torno de sua bucólica “vila”, verdadeiros mananciais de gente, numa espetacular explosão demográfica que mudaria, em pouquíssimo tempo, o seu destino?
Estes são quadros históricos, são perguntas, que devem, ou que deveriam ser feitas, por toda uma geração, que nasceu, se aconchegou ou se desenvolveu, nessa complexa e bela cidade, a partir do final da década de 1960.
O livro “Minha Serra era Assim”, de Alomar Cassiano Borges, serrano nato, responde muitas dessas perguntas.
Alomar, nascido em 1936, há vários anos começou a escrever suas memórias de forma manuscrita. Criou, a seu modo, um verdadeiro passeio que vai da Serra de sua infância aos dias atuais.
Suas memórias são um verdadeiro roteiro de pistas históricas, e principalmente, um retrato, do modo de vida dos serranos natos, um povo de genuíno matiz capixaba, assentado ao sopé do majestoso Mestre Álvaro, desde o ano 1556.
Alomar, nas artes, é conhecido como cantor e compositor de serestas e sambas canção, atuante desde a década de 1950. E conta que escreveu seu livro por um sentimento de missão: queria ele narrar a sua interessante história de vida para seus descendentes, e, ao mesmo tempo, levar aos serranos de hoje o conhecimento de como era a alma povo e os tons do lugar de onde a Serra nasceu.
É por isso que os serranos e capixabas amantes da literatura de memórias e das biografias, não podem deixar de ler o livro “Minha Serra era Assim” de Alomar Cassiano. Um verdadeiro passeio, que nos faz conhecer e reconhecer lugares, fatos e pessoas, que a partir desse relato, passam a encontrar o seu lugar no tempo e no espaço da eternidade serrana.
Uma grande batalha vencida
O livro de Alomar Cassino está sendo lançado nesta terça-feira (19), dia em que o Brasil registra 439 mil vítimas da pandemia do Covid-19!…
É importante registrar que Alomar viveu na pele o drama desta terrível pandemia, sendo afetado de forma contundente pelo vírus em março/abril de 2020.
Alomar venceu, com grande dificuldade sim, por força de seus muito bem vividos 85… É, portanto, um “sobrevivente”, na mais pura acepção da palavra!
Em um dos capítulos do livro, o autor dedica comovidos cumprimentos a todos os profissionais da Saúde, que foram (e ainda são), na sua concepção, os verdadeiros heróis desta verdadeira guerra, da qual ainda não se vislumbra o fim.
Interessados na aquisição do livro, podem ligar diretamente para o autor no número 27-3251-3119, ou escrever para o e-mail cartaserrana1@gmail.com.
Texto: Fábio Luiz Miranda Boa Morte - AZ Letras