Lição árabe esquecida

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Por  Kleber Galveas

Na antiguidade os fenícios (localizados onde hoje é o Líbano), enriqueceram-se com um intenso comércio no Mar Mediterrâneo. Durante muitos anos, o principal produto que exportaram foi tecido tingido com a cor púrpura. Essa era a cor que caracterizava a nobreza. Item muito procurado naquele tempo.

O pigmento púrpuro era obtido do “chorume” escorrido de um molusco gastrópode, naquele tempo endêmico no Mediterrâneo, após coleta no mar e exposição ao ar livre, para putrefação.

Há mais de 2 mil anos, cidadãos fenícios conseguiram impedir que oficinas de tingir tecidos se instalassem a sotavento das  cidades. O mau cheiro, problemas de higiene e saúde uniram os moradores para essa conquista, no primitivo Líbano.

Nossos imigrantes libaneses nos ensinaram a arte do comércio, mas se esqueceram de nos ensinar a milenar lição ecológica dada por seus antepassados. A Associação Comercial de Vitória, nos anos 60/70, defendendo sua praça, apoiou a instalação das indústrias em Tubarão. A convivência com as siderúrgicas e a observação de seguidos fracassos, por décadas, em diferentes tentativas de reduzir a poluição, exigem reflexão e ação concreta.

Kleber Galvêas, pintor – www.galveas.com

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Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli é repórter e chefe de redação do Jornal Tempo Novo, com 25 anos de atuação na equipe. Ao longo de sua trajetória, já contribuiu com diversas editorias do portal e hoje se destaca também à frente da coluna Divirta-se.

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