Lar de idosos é amparo para velhice e Serra já possui doze

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A cuidadora Roseli (de branco) com as idosas Judite, Nyze e Maria atendidas no Recanto das Orquídeas, lar de idosos em Manguinhos. Foto: Fábio Barcelos

Ayanne Karoline

É um dos momentos difíceis da velhice a ida para um lar de idosos, antigamente conhecido como asilo. Com o aumento da expectativa de vida e da ‘correria’ cotidiana, há cada vez mais idosos precisando de cuidados que já não podem contar com seus parentes e amigos.

Na Serra não é diferente. A cidade já conta com 12 lares para idosos, sendo 11 em tempo integral – as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI´s) – e uma que dá suporte ao paciente numa parte do dia – o Centro Dia para Idosos.  Esses lares estão nos bairros de Nova Almeida, José de Anchieta, Manguinhos, Jardim Limoeiro, Morada de Laranjeiras, Bairro de Fátima e Jacaraípe.

Mas um dos limitadores para a maioria dos idosos é o preço. Nos lares privados que cobram mensalidades, o custo da internação integral varia de R$ 4,8 mil a R$ 6,5 mil/mês, segundo afirmação de uma das sócias do Recanto das Orquídeas Lar de Idoso, Maria Angélica de Lima. Ela é nutricionista e dirige a instituição ao lado da enfermeira Roseli Ferreira da Silva. 

No Recanto das Orquídeas os idosos têm estadia, refeições completas, recreação interna, passeios e equipe com fisioterapeuta, nutricionista, enfermeiros e técnicos. O local tem capacidade para 15 idosos, mas, atualmente, abriga oito. “Além da mensalidade, a família também tem custo à parte com medicação e higiene”, explica Maria Angélica.

Além dos gastos, a família que interna um idoso também precisa lidar com o sentimento da distância. É o caso da empresária Carmem Bia Rosa que, na última semana, internou sua madrinha de 87 anos no Instituto Franciscano, em Nova Almeida. A idosa tem alzheimer e limitações físicas. “É bem complicado para a gente, mas foi necessário. Sentimos a doença dela progredir muito rápido”, explicou.

Além das freiras, a equipe do Instituto, que não cobra mensalidade por receber recursos de repasses da Prefeitura e doações, conta com cuidadoras, enfermeiras, assistente social, psicóloga, educadora física, artesã, cozinheiras e equipe de limpeza. O local atende até 32 pessoas.

Casos de baixa renda e vítimas de maus-tratos

Para idosos carentes e/ou vulneráveis a maus-tratos, a prefeitura da Serra oferece quatro lares sem cobrança de mensalidade como no Instituto Franciscano de Nova Almeida. Porém, uma triagem é feita. O gerente de Proteção Social Especial da Secretaria de Assistência Social da Serra, Marlon Amorim, explica que os casos em que há violação de direitos como maus-tratos, são analisados pelo Centro de Referência Especializada da Assistência Social – Creas.

Já os outros casos, precisam procurar o Centro de Referência da Assistência Social – Cras. No local são analisadas as situações, através de uma visita do técnico e, posteriormente, o nome do idoso é encaminhado para a regulação de vagas. “Nem sempre a internação é indicada. Às vezes a família recebe um benefício ou auxílio, dependendo do resultado da análise do Cras”, explica Amorim.

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Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli é repórter e chefe de redação do Jornal Tempo Novo, com 25 anos de atuação na equipe. Ao longo de sua trajetória, já contribuiu com diversas editorias do portal e hoje se destaca também à frente da coluna Divirta-se.

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