Com a chegada do período de desova das tartarugas-marinas, o Instituto Brasileiro de Fauna e Flora (IBRAFF) reforça as orientações à população sobre os cuidados necessários nas praias da Serra. Entre novembro e março, diversas espécies sobem à faixa de areia durante a noite para depositar seus ovos, fazendo do litoral capixaba uma importante área de reprodução.
Essa é uma fase extremamente sensível do ciclo de vida das tartarugas, que dependem de praias preservadas e da colaboração de moradores e turistas para garantir a sobrevivência da próxima geração. Para proteger os ninhos, as equipes do instituto realizam o monitoramento diário da orla, identificando pontos de desova e instalando cercados e sinalizações que alertam os frequentadores sobre a presença de ovos no local.
Por meio das redes sociais, o IBRAFF orientou que esses limites devem ser respeitados à risca. “Toda vez que o morador/turista visualizar uma espécie de cercado na areia da praia, é um ninho de tartaruga de fêmeas remanescentes que escolheram a praia da Serra para desovar. Nos ajude a cuidar, respeite a marcação, respeite todo esse trabalho em prol da conservação dos animais e os respeite também. Vamos garantir o sucesso do nascimento dos filhotes”, diz Wilson Chevistarese, pesquisador do Instituto de Pequisa e Reabilitação de Animais Marinhos (IPRAM).
Cuidados essenciais
- Respeitar o cercado e a sinalização: não toque, não cave e não se aproxime dos ninhos. Qualquer interferência pode comprometer os ovos.
- Evitar luzes na praia à noite: lanternas, flashes e celulares desorientam tanto as fêmeas quanto os filhotes, que usam a luz natural para se guiar.
- Não compactar a areia: cadeiras, mesas, tendas e o simples ato de pisar repetidamente sobre um ninho podem impedir o nascimento dos filhotes.
- Manter cães afastados e na coleira: animais podem destruir ninhos ou perturbar tartarugas em processo de desova.
- Não deixar lixo na praia: resíduos podem atrair predadores e causar danos às tartarugas, que frequentemente ingerem plástico por engano.
A desova é um processo natural e qualquer aproximação pode provocar estresse e fazer o animal abandonar o ninho.
