Homens são mais negligentes com a saúde, diz pesquisa

O Ministério da Saúde constatou que o homem brasileiro cuida mal da sua saúde e, por conta disso, criou um programa exclusivo de atenção preventiva para o bem-estar masculino. O que os especialistas observaram, através de pesquisas é que, geralmente, eles têm medo de ir ao médico e ficam mais expostos à uma série de doenças. Um exemplo disso é que, de cada três mortes de pessoas adultas, duas são de homens.

O coordenador do Unimed Coração, o médico cardiologista José Aid Sad Soares, informa que, normalmente, o homem brasileiro procura menos o serviço médico para realizar consultas preventivas. Há o mito de que, procurando um médico, ele vai achar uma doença. E quando vão ao especialista, geralmente levados pelas esposas, muitos não retornam com os exames recomendados.

O médico informa que a segunda causa de mortes na população masculina são as doenças cardiovasculares, seguidas pelas neoplasias. E faz um alerta: “Exames para a prevenção de doenças cardiovasculares devem começar cedo, a partir dos 20 anos, principalmente para aqueles indivíduos que apresentam história familiar de hipertensão arterial, infarto do miocárdio, diabetes e dislipidemias”.

Um outro problema que acomete os homens é o câncer de próstata. Mas o assunto ainda segue como um tabu para essa população, principalmente entre os homens de 50 anos em diante. O coordenador do Unimed Coração informa que somente este ano, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), em torno de 68 mil novos casos de câncer de próstata serão diagnosticados no Brasil. “Além da dosagem no sangue do PSA (Antígeno Prostático Específico), substância produzida pelas células da glândula da próstata, é importante o toque retal pelo urologista para determinação do diagnóstico precoce desta doença”, mostra o médico, que também alerta para os silenciosos tumores do intestino e do reto.

“Temos que mudar a cultura do homem brasileiro em relação às medidas preventivas em saúde e alertá-los sobre a importância dos exames periódicos e do acompanhamento médico regular”, conclui o cardiologista.