No último dia 13 de setembro, em uma reunião ampliada com 18 dos 23 vereadores, o prefeito Sérgio Vidigal acenou politicamente para a Câmara da Serra em uma tentativa de se aproximar dos parlamentares e criar uma base governista sólida. Havia a expectativa de que a reunião fosse um pontapé para que Prefeitura e Poder Legislativo tivessem um alinhamento melhor para que fluíssem pautas consideradas importantes para ambos os poderes.
Entretanto, o cenário político ainda suscita dúvidas sobre a relação política entre os Poderes. Fato é que está bem longe de ter um quadro de crise, tal como ocorreu em 2019 na gestão do ex-prefeito Audifax Barcelos (Rede), quando profundas instabilidades abalaram a institucionalidade municipal. Dessa vez, a situação é bem menos tensionada, porém não é de todo confortável.
Sintoma disso é que durante a sessão desta segunda-feira (27), vetos dados por Vidigal foram derrubados e também um pedido de regime de urgência especial foi rejeitado pelo plenário. Para além do mérito sobre a constitucionalidade ou não de cada caso, trata-se, sobretudo, de um ato político. Um parlamento que derruba decisões do Executivo é algo previsto na Constituição, mas geralmente não é bom sinal.
Ademais, o Executivo ainda tem sido alvo de constantes discursos recheados de críticas duras por parte do bloco de oposição na Câmara da Serra. Esse bloco é formado em sua maioria de vereadores advindos do grupo político do ex-prefeito Audifax Barcelos – que desde 2018 nutre intensa rivalidade com Vidigal. Além dos chamados ‘audifistas’, completa o grupo parlamentares auto-intitulados independentes e/ou politicamente insatisfeitos com a gestão do atual prefeito.
A reportagem conversou com alguns vereadores, que reconhecem o clima de tensão, mas que acreditam se tratar apenas de uma fase. Entre eles está por exemplo, o vereador Paulinho do Churrasquinho (PDT). “Acho que está um pouco confuso ainda, mas o prefeito está caminhando para o diálogo”, avaliou.
Raphaela Moraes (Rede) disse: “A minha relação com o Executivo é a mesma desde o primeiro dia do mandato. Mas não posso falar pelos demais vereadores”, revelou.
“Tenho exercido meu papel independente, cumprindo minha prerrogativa de fiscalizar as ações e omissões do poder público”, acrescentou Elcimara Rangel (PP).
Vale lembrar que pouco mais de 1/5 dos vereadores foram reeleitos em 2020, por isso, a maioria esmagadora é composta por mandatários de primeira viagem. O presidente da Câmara, Rodrigo Caldeira (PRTB), está entre os que foram reconduzidos ao cargo, e tem um relacionamento estável com a Prefeitura, sem grandes manifestações a favor e nem contra.
Entre os fatores que podem hipoteticamente causar conflitos políticos na relação do presidente com o grupo de Vidigal, está o fato de que ele deverá ser candidato a deputado federal em 2022, mesmo cargo do qual a especulação de bastidor indica para a primeira dama, Sueli Vidigal (PDT).
Vale ressaltar ainda que Vidigal está em seu 4º mandato de prefeito, e sabe lidar politicamente com a Câmara. Em 13 anos de mandatos, não tem histórico de governabilidade conturbada. A base do PDT é formada por três vereadores, que se somam a outros parlamentares como Wellington Alemão e Sérgio Peixoto, por exemplo, dois mandatários conhecidos do meio político.
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