Por Yuri Scardini
Está em curso ao menos três grandes invasões na Serra. Um na rodovia do Contorno, próximo ao luxuoso condomínio Alphaville; outra em Jardim Carapina, na região de alagados e ao mesmo tempo das turfas; e por fim na ES010, entre Jacaraípe e Nova Almeida.
Há de se considerar duas coisas. Invasões deste porte trazem irreparáveis ônus ao município, os impactos vão desde as questões ambientais, sociais, segurança pública e de ordem econômica, doendo com força no bolso do município. A outra questão é o lado humano da coisa. Tirando os oportunistas e os embusteiros, são pessoas que estão ali, e muitas das vezes não tem outra solução para moradia.
Agora, a prefeitura da Serra tem que se posicionar de forma mais eficiente. Tapar os olhos e fingir que não é com ela, não é posição que o poder público pode assumir. Questionada pelo TEMPO NOVO sobre a invasão na ES010, a prefeitura por meio da assessoria de comunicação se limitou a dizer que “trata-se de um terreno particular”, questionada novamente sobre o número de pessoas que estão invadindo o terreno, a prefeitura “mandou“ o jornal a procurar a informação junto ao dono do terreno. A prefeitura, enquanto ordenadora do uso e ocupação do solo, fracassa.
Leia também
Diante desta posição de descaso, a prefeitura deve estar sugerindo que a Serra seja a Babilônia capixaba. Nos tempos antigos de Hamurabi, rei da Babilônia, no século XVIII a.C. ele criou o Código de Hamurabi, baseadas na lei de talião: “Olho por olho, dente por dente”.

