Fatalidade causou morte de cavalo na Serra, explica proprietário de prestadora de serviço

Compartilhe:
Antônio Marcos explica técnicas de manejo animal. Foto: redes sociais/reprodução

Um cavalo morreu durante uma tentativa de recolhimento realizada pela Prefeitura da Serra, na última terça-feira (19), no bairro José de Anchieta. O caso ganhou repercussão após imagens do animal caído circularem nas redes sociais, gerando acusações de maus-tratos e negligência contra a administração municipal e os funcionários envolvidos. Em esclarecimentos nas redes sociais, o responsável pela empresa Rancho Bela Vista, contratada pela Prefeitura, Antônio Marcos Guimarães, afirmou que a morte foi uma fatalidade.

De acordo com Antônio, a empresa presta serviço à Prefeitura da Serra desde 2014 e já realizou mais de 2.400 resgates de cavalos ao longo de 11 anos. “Foi a primeira vez que aconteceu um acidente dessa proporção. Infelizmente, não é o desejo de ninguém. Quando recebemos um chamado para recolher um cavalo, nosso objetivo é sempre garantir a segurança do animal e da população”, afirmou o veterinário nas redes sociais.

Acidente

De acordo com o relato de Antônio, o cavalo envolvido no acidente estava sendo recolhido quando, durante o embarque, caiu e bateu com força a cabeça no chão. A suspeita, segundo ele, é que o animal tenha sofrido um traumatismo craniano. O animal morreu no local poucos minutos após o ocorrido, antes que pudesse receber atendimento especializado. “O que aconteceu foi um acidente, uma fatalidade. Pode acontecer com qualquer profissional que trabalha na área, assim como uma pessoa pode escorregar no banheiro ou uma criança cair na praça”, explicou.

Ainda durante o vídeo, o veterinário defendeu os funcionários envolvidos na operação, afirmando que todos os procedimentos foram realizados corretamente, seguindo os protocolos e treinamentos da empresa. Ele explicou que existem quatro técnicas principais de embarque de cavalos, utilizadas conforme o comportamento e o nível de estresse do animal:

  1. Condução com cabresto e guia – indicada para animais mais dóceis.
  2. Mão de amigo com corda – usada com cavalos mais arredios ou assustados.
  3. Mão de apoio – auxilia na condução em rampas metálicas, que podem gerar medo pelo barulho.
  4. Mão de amigo com contato direto – técnica de último recurso, que envolve maior risco para o operador.

Segundo Antônio, as imagens registradas no local mostram que os funcionários aplicaram todas as técnicas corretamente, conforme o treinamento recebido. “Não houve imprudência ou despreparo. O que aconteceu realmente foi uma fatalidade”, reforçou.

O veterinário também destacou os riscos inerentes à atividade de resgate de animais de grande porte em áreas urbanas. Ele explicou que muitos dos cavalos recolhidos já apresentam traumas anteriores e comportamentos imprevisíveis, o que pode dificultar o manejo, mesmo com profissionais qualificados. “Tentamos ao máximo reduzir os riscos com treinamento e qualificação, mas eles nunca serão anulados. Infelizmente, quem atua nessa área está sujeito a imprevistos, por mais que siga todos os protocolos”, concluiu.

Foto de Guilherme Marques

Guilherme Marques

Guilherme Marques é jornalista e atua como repórter do Portal Tempo Novo.

Leia também