
Após quatro dias de espera, a paciente internada na Serra com suspeita da varíola dos macacos (Monkeypox) será transferida da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Carapina para um hospital do Governo do Estado. A informação foi fornecida pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) no final da tarde desta quarta-feira (14).
Após a publicação da matéria que denunciava a situação enfrentada por Thaynara de Oliveira, de 22 anos, a Sesa afirmou que a paciente está com vaga confirmada para o Hospital das Clínicas (HUCAM) e deve ser transferida ainda nesta quarta-feira.
A Prefeitura da Serra, que já havia solicitado a transferência, confirmou a informação. Por meio de nota, o Estado informou ainda que a partir da entrega de amostra no Lacen/ES para diagnóstico da M.Pox, o prazo é de até 48h para liberação do resultado – no caso da paciente, o Lacen ainda estaria no prazo para liberação.
Conforme informado anteriormente pelo Jornal TEMPO NOVO, Thaynara de Oliveira está internada e isolada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Carapina. De acordo com a Prefeitura, a Secretaria Municipal de Saúde já havia solicitado a transferência.
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Em vídeo gravado por Thaynara, ela relata que sua situação não é nada fácil. A paciente está internada na UPA da Serra desde o último domingo (11). Sua família afirma que já acionou o Ministério Público para garantir a vaga no sistema de saúde do Governo do Estado.
Thaynara disse que até para se locomover é difícil. “Até para andar estar difícil pois deu bolhas no pé também, dói muito, não dá para comer, os olhos doem muito”, disse.
Já a mãe da paciente informou que o médio disse que seu quadro de saúde é grave.
“A minha filha já está internada desde domingo, sem melhoras. A suspeita dos médicos e da varíola dos macacos, mas eles não têm certeza. Já fomos no MP. Tive agora com o médico e ele disse que devemos fazer o possível para retirar ela logo, ela não se alimenta desde domingo e eles não podem colocar a sonda nela, pois ela está toda ferida por dentro”, relata a mãe da vítima.
O Governo do Estado ainda disse, por nota, que por meio do Centro de Informações Estratégicas e Respostas em Vigilância em Saúde (CIEVS), os municípios são orientados sobre condutas referentes à doença.
“Em todo caso considerado suspeito da doença é adotado protocolos de definição e fluxos laboratoriais de atenção já definidos pelo Ministério da Saúde para evitar a disseminação da doença”, diz o texto.

