O Brasil possui uma população onde a maioria das pessoas é negra e infelizmente mesmo tendo passado mais de trezentos anos de escravidão, o racismo ainda permanece presente e vivo em palavras do dia-a-dia e principalmente em eventos esportivos.
Em um passo significativo para o combate ao racismo no esporte capixaba, o deputado estadual Vandinho Leite, criou o Projeto de Lei (PL) que versa sobre a política estadual de combate ao racismo em estádios e arenas esportivas, cujo nome será do jogador de futebol “Vini Jr”, que já passou por times como Flamengo, pela Seleção Brasileira e atualmente joga no exterior pelo Real Madrid.
De acordo com o PL, a nova política, leva o nome do jogador de futebol por ele já ter sido alvo de inúmeros ataques racistas e tem como objetivo não apenas de coibir atitudes racistas mas também promover a conscientização e a educação. Ações como a divulgação de campanhas educativas durante eventos e a instrução de funcionários estão entre as medidas que o deputado entende como necessárias.
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Além disso, a política prevê a interrupção de partidas em casos de manifestação de racismo e, se necessário, o encerramento total dos jogos. O “Protocolo de Combate ao Racismo” também foi criado, detalhando as etapas para reportar e responder a incidentes racistas, desde a notificação das autoridades até a ação decisiva dos organizadores do evento.
Na justificativa para a nova lei, Vandinho Leite ressaltou a persistência do racismo na cultura brasileira, mesmo sendo crime, destacando a necessidade de ferramentas eficazes para identificar e combater o racismo assim que ele ocorre.
“As ofensas em grande maioria vêm por meio de conceitos, ideias, imagens e falas que acabam por manter os preconceitos vivos. E mesmo com o racismo sendo tipificado como crime, ainda assim, ele se sofisticou e permanece permeando a nossa cultura de diversas maneiras, seja através de falas em estádios e arenas esportivas, games, de aplicativos, de shows de comédia e piadas que parecem inofensivas”.
Para entrar em vigor, o PL precisa ser aprovado na Assembleia Legislativo do ES e sancionado posteriormente governador do Estado, Renato Casagrande.
