A participação dos afrodescendentes na cultura capixaba foi discutida na Comissão de Cultura, em reunião nessa segunda-feira (11). Sugerido por movimentos em prol da causa no Estado, o tema reuniu para debate ativistas e intelectuais.
A representante do Coletivo de Fortalecimento e Empoderamento da População Negra do Sul do Estado, Luciana Santana, citou as ações do grupo, formado em 2014, em Itapemirim, com o objetivo de valorizar a população negra.
O grupo, formado por mulheres e crianças, desenvolve ações de autocuidado, preservação das tradições, empreendedorismo motivacional, incentivo musical, entre outros. Além disso, ela cobrou a implantação do Novembro Negro.
“Queremos que a comissão nos ajude a implantar o Novembro Negro, como forma de reconhecer o mês de ativismo negro, com referência a Zumbi de Palmares, símbolo da resistência e luta contra a escravidão no Brasil Colonial”, defendeu Luciana Santana.
No dia 20 de novembro, data da morte do líder quilombola Zumbi, é comemorado o Dia Nacional da Consciência Negra, instituído pela Lei 10.639/2003.
A ativista também defende o cumprimento da Lei Federal 10.639/2003 no que diz respeito à obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas, públicas e particulares, do ensino fundamental até o ensino médio. “Nossas reivindicações são para toda a população negra seja representada agora e no futuro”, finalizou Santana.
O presidente da comissão, deputado Torino Marques (PSL), sinalizou positivamente para a medida, e afirmou que o tema vai estar sempre na pauta da Comissão por sua relevância social. Também participaram da reunião os deputados Delegado Danilo Bahiense (PSL) e Carlos Von (Avante).
Também esteve presente o escritor Adilson Vilaça – incluído entre os 100 escritores brasileiros que mais contribuíram com a temática por meio da literatura, em seleção realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) – que destacou a importância da contribuição do povo negro no desenvolvimento do país em várias áreas.
“Nada melhor que o tempo para nos ensinar a inclusão. E houve um tempo em que era proibido falar nesse tema. Na década de 1970, quando começamos a organizar o movimento negro no Espírito Santo, a Polícia Federal prendia quem falasse no assunto. Hoje estamos em uma Casa de leis, sendo ouvidos de forma democrática e com o objetivo de fazer mais por quem realmente carregou construiu o Brasil, carregou o país nas costas à base do chicote”, afirmou Adilson Vilaça.
Para o escritor, o negro quer seu direto de ser igual, seja na expressão da arte e de outras. “E essa igualdade precisa contemplar também a questão econômico-financeira, a instrução escolar, a saúde, que foram e continuam sendo roubadas do povo brasileiro negro”, pontuou.
Também presente no debate, a atriz e jornalista Helena Vitória discorreu sobre a reflexão provocada pelo documentário “Espaço Aberto: “traços da identidade negra na dramaturgia brasileira”, produzido por ela em 2009.
Segundo Helena, o documentário, com duração de 30 minutos, não pretende levantar bandeiras “mas incluir a questão da valorização do povo preto na dramaturgia e teledramaturgia de forma igualitária e ao mesmo tempo respeitando o aspecto étnico da reflexão”.
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