Empresa aérea destrói cadeira especial de paratleta da Serra que custa R$ 8 mil

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Mesmo com todos os percalços, Felipe conseguiu participar da competição conquistando o vice-campeonato na chave Consolação de Quad. Foto: Divulgação

O paratleta serrano Felipe Ramos, que já foi ouro no Goiânia Open 2018 de Tênis em Cadeira de Rodas, passou por maus-bocados esta semana. Isto porque, o morador de Valparaíso, foi disputar a Wheelchair Brasil – ITF Tennis International em São Paulo e teve sua cadeira de rodas especial pra jogar tênis destruída durante o voo de Vitória a Guarulhos.

Felipe foi participar da etapa do circuito mundial de tênis em cadeira de rodas que aconteceu na Associação Esportiva São José, em São José dos Campos, São Paulo e mesmo com todos os percalços, o atleta serrano conseguiu participar da competição conquistando o vice-campeonato na chave Consolação de Quad.

Além de atletas brasileiros, outros 52 atletas estrangeiros participaram do evento, que teve início na terça (21) e terminou nesta sexta-feira (24). A competição valeu pontos para o ranking da ITF (Federação Internacional de Tênis) e da CBT (Confederação Brasileira de Tênis).

Felipe viajou pela empresa aérea Latam embarcando na segunda-feira (20) para terras paulistas. De acordo com o paratleta, durante o trajeto do aeroporto de Vitória a Guarulhos a cadeira ficou destruída.

“Falta de respeito que a Latam teve comigo. Cheguei em Guarulhos vim para uma competição e na hora de pegar a cadeira de jogo ela está toda empenada, com os raios todos empenados, sem condição de jogar. Agora pergunto a Latam, quem vai se responsabilizar por isso? Quem vai ajudar, me entregar outra cadeira para competir? Quem vai me ressarcir do dinheiro que eu investi pro campeonato para viajar? Como vou prestar conta pro Bolsa Atleta e tudo? O que vocês vão fazer? Falta de respeito com o cliente!”, reclama.

Felipe contou para o TEMPO NOVO que tentou desempenar a cadeira, mas não obteve sucesso. “Desempenou um pouco o garfo, vários raios e roda quebrados. Sorte que tenho a roda do dia a dia da outra cadeira que vou consegue improvisar para poder conseguir jogar e seguir na competição”.

A cadeira que é especial não é barata, custa em torno de R$ 8 mil. “O valor da cadeira, o quadro gira em torno de R$ 4 mil, mais as rodas, uns R$ 3 mil e vem de fora do Brasil, só a roda custa U$ 1.500 dólares. Pra montar ela totalmente é em torno de R$ 8 mil”

O paratleta disse que a companhia aérea nem deu satisfação. “Fiz uma reclamação pelo telefone, pelo whatsapp deles e eles não deram nenhuma satisfação, absolutamente nada”.

A reportagem procurou a Latam via sua assessoria de imprensa que disse que disse a LATAM Airlines Brasil informou que está em contato com o cliente,  prestando os esclarecimentos sobre os procedimentos de ressarcimento da cadeira de rodas.

Foto de Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli é repórter e chefe de redação do Jornal Tempo Novo, com 25 anos de atuação na equipe. Ao longo de sua trajetória, já contribuiu com diversas editorias do portal e hoje se destaca também à frente da coluna Divirta-se.

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