
Na corrida para ocupar um espaço em um hipotético segundo turno, as campanhas dos candidatos Audifax Barcelos (Rede/PSOL) e Carlos Manato (PL) estão causando ruídos. A vide de Audifax – tenente dos Bombeiros, Carla Andressa, publicou um vídeo em sua rede social insinuando que Manato mentiu para militares sobre a escolha do seu vice, além disso, alegou perseguição.
Filiada ao Solidariedade, Carla Andressa foi anunciada como vice de Audifax nos últimos momentos de registro da chapa. Até então, ela estava filiada ao partido Republicanos e seria candidata a deputada estadual. Ela alega que a campanha de Manato pediu a impugnação de seu registro por dupla filiação.
A candidata usou as redes sociais para comentar a situação e não economizou nas insinuações. Começou falando sobre uma declaração que teria recebido de uma pessoa durante uma caminhada, que comentou que ela “iria incomodar muita gente”. Depois continuou contando que foi comunicada sobre o pedido de impugnação de sua candidatura por parte da campanha de Manato.
“E eu tive essa confirmação (de que seria perseguida); meu advogado acabou de me mandar a resposta do pedido de impugnação da minha candidatura a vice-governadora pela coligação do candidato Manato”, afirmou.
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Em seguida, a tenente insinua que Manato não cumpriu a promessa de ter um vice advindo da área militar, ou seja, mentido para as instituições que representam a categoria.
“Ele (Manato) prometeu pra associações de militares que iria colocar um militar para ser seu vice e não colocou, colocou um empresário. Está preocupado agora com o candidato que indicou uma militar para ser sua vice-governadora (Referindo-se a Audifax). Estou muito tranquila, muito leve com relação ao processo, sempre consultamos nossos advogados dessa transição de deputada estadual para vice-governadora, mas isso gera desgaste; gera dor de cabeça para mim e para o Audifax”, disse Andresa.
Manato foi procurado pela reportagem e disse que não foi ele quem entrou com o pedido e sim a coligação PL e PTB. O candidato é o representante do bolsonarismo no Espírito Santo; e como informado recentemente pelo Tempo Novo, fontes próximas a Audifax afirmaram que a ideia da marqueteira Jane Mary, que assina a campanha do ex-prefeito da Serra é que Audifax polarize com o candidato Renato Casagrande, enquanto a Tenente Andressa puxa votos de simpatizantes de Bolsonaro e militares, com objetivo de tirar Manato de um hipotético 2º turno.
Veja vídeo:
Em vídeo, vice de Audifax alega perseguição e insinua que Manato mentiu para militares: pic.twitter.com/OgqvWypAph
— Jornal Tempo Novo – Serra/ES (@portaltemponovo) September 2, 2022
O que é o Projeto Político Militar (PPM)
O Projeto Político Militar atua desde 2003 e visa unir forças de categorias de militares para atuar em conjunto na escolha de representantes. As instituições responsáveis pelo projeto são: Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Estado do Espírito Santo (ACSPMBM-ES); Associação dos Militares da Reserva, Reformados, da Ativa da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros Militar e Pensionistas de Militares do Estado do Espírito Santo (Aspomires); Associação dos Subtenentes Sargentos da Polícia Militar e Bombeiros Militares do ES (ASSES); e Associação dos Bombeiros Militares do Espírito Santo (ABMES).
No dia 29 de julho Manato foi oficializado como candidato da Projeto Político Militar, e na ocasião, a expectativa era que seu vice fosse da área. Ao Tempo Novo, por meio do Serra Podcast, o próprio candidato afirmou que a ideia era escolher um vice militar.
Vice de Manato foi anunciado na sede de Associação de militares

Carlos Manato anunciou no dia 5 de agosto, o nome do empresário Bruno Lourenço filiado ao PTB como seu vice na chapa. Bruno Lourenço, tem 39 anos e se apresentou como empresário do ramo de comércio exterior. O anúncio do vice foi feito na sede da Associação dos Militares da Reserva, Reformados, da Ativa da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros Militar e Pensionistas de Militares do Estado do Espírito Santo (Aspomires) e na ocasião, Manato disse que Bruno teria sido aprovado pelos apoiadores da área militar.

