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Dono do Taberna foi morto por dívida de R$ 200 mil com agiotas na Serra

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Assassinato de Bruno, dono do Taberna, ocorreu em janeiro deste ano, em Laranjeiras, na Serra. Crédito: Divulgação

A Polícia Civil identificou e prendeu quatro pessoas, sendo três homens e uma mulher, suspeitos de terem assassinado, a tiros, o dono da casa de shows e bar Taberna GastroMusicBar, Bruno Oliveira, de 35 anos. As investigações mostram que a vítima devia R$ 200 mil para um casal de agiotas.

O crime aconteceu no próprio estabelecimento da vítima, no bairro Parque Residencial Laranjeiras, na Serra, no dia 28 de janeiro. De acordo com Rodrigo Sandi Mori, delegado titular da Divisão Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, o assassinato de Bruno foi premeditado e planejado com amplas divisões de tarefas entre os envolvidos.

O empresário pegou um empréstimo de R$ 100 mil com o casal de agiotas Jadilson Conceição Gomes, de 39 anos, e Gleiciane Jesus Sá, de 42 anos. Após um período, Bruno atrasou duas parcelas, o que o fez perder controle da gerência da casa de shows, que foi assumida pelos criminosos.

Em seguida, como a rentabilidade do estabelecimento não estava boa, precisou renegociar a dívida, que por causa dos juros, já estava em R$ 200 mil. Novamente, não pagou as parcelas – divididas em 10x de R$ 20 mil.

Por este motivo, o casal de agiotas planejou e executou o assassinato do empresário. A vítima foi atingida por sete disparos de tiros e morreu na hora, dentro do próprio bar.

Casal ofereceu R$ 100 mil para executor do crime

Durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (21), Sandi Mori afirmou que o executor do crime foi Rodrigo Braga de Oliveira, de 31 anos. Para que ele cometesse o assassinato, o casal de agiotas ofertou o valor de R$ 100 mil.

Gleiciane e Jadilson, vale ressaltar, são os mandantes. “A Gleiciane também foi a responsável por fornecer o dinheiro para a compra da arma utilizada e por acertar os valores acordados com o executor bem como a despesa por ele para a fuga a Padro, na Bahia, e depois para Mato Grosso, onde ele foi preso”, destacou o delegado.

Rodrigo Sandi Mori ainda afirmou que o casal demonstrou muita frieza e periculosidade.

“Chama a nossa atenção a periculosidade e a frieza desse casal de agiotas, que aterrorizavam seus devedores, inclusive, implementando um verdadeiro terror psicológico neles com ameaças de morte, invasão de domicílios e levantamento de pertences dos devedores caso eles não honrassem com os pagamentos devidos de forma imediata”, afirmou.

Dinâmica do crime

A dinâmica do crime também foi revelada na coletiva de imprensa. O casal de criminosos possuía um braço direito: Everton de Oliveira Vieira, de 38 anos. Everton foi o responsável por intermediar o encontro da vítima.

Ele chegou no Taberna uma hora antes do crime acontecer e ficou ao lado do proprietário morto até o momento em que Rodrigo, o executor, chegasse e disparasse os tiros.

Rodrigo foi levado em um Gol Branco por Asclepíades Vieira Soares, outro participante do crime. O executor desceu metros antes do Taberna, foi andando até o local, disparou sete tiros na vítima, que estava de costas e, logo em seguida, entrou no Gol e fugiu.

O motorista do Gol, Asclepíades, foi morto em Balneário de Carapebus, em um duplo homicídio, que chegou a ser noticiado pelo Jornal TEMPO NOVO. Vale ressaltar que a morte do suspeito não tem relação com o crime no Taberna.

“Todos foram identificados e presos. Todos foram indiciados por homicídio qualificado por motivo torpe e por impossibilidade de defesa da vítima. Também por associação criminosa. Já são réus por ação penal que corre perante a Terceira Vara Criminal do júri”, disse Sandi Mori.

É importante ressaltar que, além de marcar um encontro com a vítima, Everton colheu uma assinatura de Bruno em um termo de confissão de dívida no mesmo dia do assassinato, que dava o direito para que ele retirasse todos os bens e móveis do Taberna, caso a vítima não pagasse a dívida.

Empresário tinha dificuldades para administrar Taberna, diz delegado

Rodrigo Sandi Mori liderou investigações que levaram nas quatro prisões. Crédito: Divulgação

Ainda de acordo com o delegado Rodrigo Sandi Mori, “a vítima tinha uma enorme dificuldade em administrar o Taberna e a contabilidade do dinheiro que entrava no estabelecimento. Em razão disso, contraiu alguns empréstimos, o maior deles no valor de R$ 100 mil com o casal de agiotas”, disse.

O delegado prosseguiu: “como a vítima não honrou o pagamento de duas parcelas do valor devido, o Jadilson, o Everton e o Rodrigo assumiram a gerência do Taberna no final do ano de 2021 por 1 mês para conseguirem pegar o dinheiro e quitar a dívida. Como a rentabilidade do Taberna não estava sendo suficiente, o Jadilson propôs uma renegociação com a vítima, que já estava no valor de R$ 200 mil e seriam pagas em 10 parcelas de 20 mil”.

Como a vítima não honrou novamente, decidiram ceifar a vida da vítima. O plano era sequestrar a vítima e matar em local diverso para dificultar a polícia. Como viram que não tinha como sequestrar, decidiram matar a vítima ali no Taberna.

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