
Depois do sucesso do documentário ‘Queimado – A Luta pela Liberdade’ o cineasta Rogério Morais irá lançar um novo trabalho. Desta vez, será sobre a história da igreja de Reis Magos que envolve uma séria de lendas, suspense e mistérios.
O documentário “Histórias Ocultas da Igreja dos Reis Magos”, de acordo com o diretor Rogério Morais, tem duração de 28 minutos e a produção foi realizada durante 13 meses, com imagens áreas da Igreja e áreas adjacentes.
O documentário contemplado pela Lei de Incentivo Aldir Blanc, será lançado na quinta-feira (24), às 20 horas, pelo canal Filme Queimado, www.youtube.com gratuitamente.
O filme pretende contar histórias de forma lúdica e educativa de uma das igrejas mais visitadas no município da Serra.
Depois de lançado o filme ficará eternizado e disponível no canal Filme Queimado, pelo Youtube, gratuitamente para todos interessados em conhecerem as histórias dos jesuítas e fundação da aldeia indígena, bem como as lendas e causos sobre este importante patrimônio histórico-cultural situado em uma colina de 40 metros, em Nova Almeida.
A Igreja dos Reis Magos e a Residência, abrigou um núcleo de catequese indígena, realizado pelos padres jesuítas entre o século XVI e o XVIII. Quem dá voz a história sobre a Reis Magos são os historiadores Teodorico Boa Morte, Roberto Vasco e Clério José Borges. Já a direção e o roteiro foram assinados pelo cineasta Rogério Morais e a direção de produção, pela experiente Rosa Maria.
O templo foi construído em 1580 e é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como patrimônio histórico nacional desde 1943. Constitui um dos principais exemplares do patrimônio arquitetônico jesuíta brasileiro.
“O documentário, conta a belíssima história da Igreja dos Reis Magos e Residência com riquezas de detalhes, que, com certeza, contribuirá para estimular a visitação na Igreja, que hoje conta com visitas de todos estados do Brasil, inclusive de outros países”, disse Rogério.
Ainda neste filme, o diretor homenageia o fotógrafo Leonardo Torres eternizando suas lindas fotos da Igreja dos Reis Magos para ilustrar as festas folclóricas ocorridas em Nova Almeida. Também presta homenagem ao artesão Luciano Andrade (Tio Lu), exibindo as casacas coloridas casacas com cabeça feitas por este escultor serrano.
Cinco temas são destacados pelo curta de Rogério:
O princípio – A chegada dos jesuítas, fundação da aldeia indígena, a construção da capela e da igreja;
Curiosidades – Conta as histórias curiosas como a origem do Rio Reis Magos, origem do nome da igreja, o banco casamenteiro e a estátua de Jesus Cristo.
Lendas e causos – Relata as histórias misteriosas como ‘O homem que virava lobisomem’, o túnel de fuga da igreja, o túnel com ouro;
Interior da igreja – Com preciosos detalhes, descreve o altar-mor que apresenta um retábulo, a pintura dos Reis Magos, os santos protetores, o cemitério dentro da igreja, a bacia de mármore português e o portal de entrada.
O patrimônio histórico cultural – Que mostra as mudanças ocorridas neste bem cultural durante últimos anos.
Para Clério Borges o filme é uma obra de arte. “É importante que cada município brasileiro conheça as suas histórias ocultas. O documentário mostra a chegada dos jesuítas e a construção da igreja e as histórias curiosas. Histórias que o povo em sua sabedoria e relevante registro consegue eternizar por meio das lendas que marcam a história de uma cidade e de um monumento histórico”, enfatiza Clério.
“Falar sobre isso é de suma importância, principalmente para as escolas, para que os alunos comecem a conhecer a história que seus antepassados e da sua região. Depois do Convento da Penha e da Catedral, Reis Magos é um dos mais visitados do ES. Este filme é um ícone da memória capixaba, Todos devem assistir”,, disse o historiador.
O escritor Teodorico Boa Morte rechaça a opinião do historiado Clério Borges reforçando que o documentário é de suma importância para a história capixaba.
“A Reis Magos é o cartão postal de Nova Almeida. Essa divulgação cultural eleva a cidade da Serra, além dos seus feitos culturais. É de grande importância para os estudantes, pesquisadores, professores curiosos, principalmente para os nossos turistas de um modo geral. É uma mostra, do seu interior, onde destaca a mais bela escultura capixaba que é o seu retábulo no Altar Mo, datado de mais ou menos 1.700 a 1.701, trazendo no centro, o quadro dos Reis Magos, segundo a história, uma das primeiras pinturas a óleo sobre madeira no Brasil”.

