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‘Diaba’ e ‘Satangozo’ são presos na Serra após ‘teatrinho’ para matar casal a tiros e pedradas

Investigação foi comandada pelo delegado Rodrigo Sandi Mori. Foto: Divulgação

A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, sob o comando do delegado Rodrigo Sandi Mori, prendeu uma mulher e quatro homens suspeitos de serem autores de um duplo homicídio ocorrido contra o casal Asclepíades Vieira Soares Júnior e Lais Paula de Souza. As vítimas foram assassinadas a tiros e pedradas no dia 30 de janeiro deste ano, no bairro Balneário de Carapebus, enquanto voltavam de uma festa.

O duplo homicídio brutal foi realizado por criminosos da região porque as vítimas haviam fornecido o endereço de outro casal ligado ao tráfico de drogas do bairro da Serra à polícia. De acordo com Sandi Mori, cinco pessoas foram presas, mas um dos criminosos ainda está foragido. Trata-se de Marlon Henrique Gonçalves.

Todos os presos tinham mandados de prisão em aberto e são réus em ação penal que tramita no Poder Judiciário. Durante a coletiva, o delegado titular da DHPP Serra, deu detalhes. “Logo após o crime, iniciamos a investigação e chegamos à autoria dos seis indivíduos que participaram do crime. Representamos pelas prisões deles, e o primeiro a ser preso foi o Carlos André Costa Pimenta, também conhecido como ‘Satangozo’. Ele foi preso no dia 30 de março, no município de Pedro Canário, em uma operação conjunta da DHPP-Serra e da polícia Militar”, destacou.

Carlos Henrique, João Paulo Américo dos Santos, Taynara Faria de Souza (Diaba), Carlos André Costa (Satangozo) e Floriano dos Santos Silva Neto foram presos pelo crime brutal. Foto: Divulgação

Já no dia 14 de abril, foram presos, em Balneário de Carapebus, Tainara, conhecida por ‘Diaba’ e também o João Paulo Américo dos Santos. Pouco depois, no dia 18, também no bairro da Serra, Floriano dos Santos Silva Neto, conhecido por ‘Netão’, acabou detido. Ele, na época do crime, chefiava o tráfico de drogas de uma das regiões do bairro.

Logo em sequência no dia 9 de maio, Carlos Henrique de Souza também foi preso. De acordo com Sandi Mori, os seis indivíduos foram indiciados por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima, além de associação criminosa.

O delegado da Serra ainda disse que Asclepíades e Laís possuíam mandados de prisão abertos por roubo em, João Neiva, no Norte do Estado. Eles se mudaram para a Serra em agosto de 2021, quando se instalaram no bairro e começaram a fabricar armas caseiras para traficantes, tendo, inclusive, produzido uma espingarda calibre 12 e uma submetralhadora calibre 380 para criminosos da região.

Motivos e detalhes do crime

Marlon Henrique Gonçalves ainda está foragido. Foto: Divulgação

Antes de serem mortos, Asclepíades e Laís foram abordados pela Polícia Militar e entregaram o endereço de um casal de traficantes do bairro. “Os traficantes descobriram essa situação, fizeram uma reunião, e nela o Floriano ‘Netão’ determinou que o Asclepíades fosse morto. Já a Laís foi morta como queima de arquivo”, pois se sobrevivesse ela poderia delatar a autoria do crime”, explicou Sandi Mori.

Já no dia do crime, as vítimas e alguns autores do crime se encontravam em um pagode. Na festa, Tainara e André ficaram se passando por amigos das vítimas e, inclusive, oferecendo bebidas para que eles não desconfiassem que seriam mortos.

Por volta das 4h30, o casal assassinado pegou duas bicicletas e foram seguidos pelos executores, que estavam na caçamba de uma Fiat Strada. Já na rua Braúna, João, que estava com uma pistola, desembarcou do carro com uma arma e efetuou disparos contra Asclepíades, que tentou correr, mas foi atingido por disparos e caiu. Após isso, o atirador se virou para Laís e efetuou dois disparos que a atingiram na perna. Ela também caiu próximo a um muro.

A munição acabou e João e Carlos André começaram a dar vários chutes na cabeça e na barriga das vítimas, que ainda respiravam. “Foi aí que o Carlos André pegou uma pedra e bateu quatro vezes na cabeça da Laís e o Marlon duas vezes na cabeça do Asclepíades”, concluiu Sandi Mori.

Redação Jornal Tempo Novo

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