Por Bruno Lyra
Das atividades que podem gerar postos de trabalho na Serra em 2019, estão as obras para reduzir o pó preto de Vale e ArcelorMittal em Tubarão. Somadas, as duas devem abrir 2,5 mil postos temporários até 2023, data prevista para entrega das obras. Sem contar que deve ativar rede de fornecedores e prestadores de serviços em empresas satélites localizadas nos polos empresariais da cidade.
E ainda que o setor mínero siderúrgico venha dando sinais estruturais de declínio no ES, a escolha do ex-diretor da Vale Aimar Fiuza para presidir o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), sugere que podem vir novidades.
Há investimentos públicos municipais, estaduais e até federais com potencial para movimentar o mercado de trabalho. Nos próximos dois anos, o município anunciou R$ 400 milhões em obras públicas, em que pese o corte de convênios anunciado pelo governador Casagrande em seu 1º dia do novo mandato.
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Do estado se espera retomada de obras importantes iniciadas no mandato anterior de Casagrande, como o Contorno de Jacaraípe e o colégio Aristóbulo. Do Governo Federal, destaque para a duplicação de trecho da BR 262, que embora não seja uma rodovia que corte a Serra, interliga com a 101 no Trevo da Ceasa favorecendo o parque empresarial e logístico que a cidade detém ao longo da rodovia do Contorno.
Fica ainda a expectativa de que a concessionária Eco comece a duplicação do trecho da BR 101 entre Serra-Sede e Fundão que deveria ter sido entregue em maio de 2017. Obras de duplicação da BR estão aceleradas entre as cidades de Viana, Vila Velha e Guarapari. Outra esperança é que o Governo Federal inicie o Contorno do Mestre Álvaro.
Novas vagas de trabalho e investimentos podem pintar também com o incentivo para novos empreendimentos que contratarem na Serra anunciado pela prefeitura, que agora terá o experiente José Eduardo Azevedo para comandar o Desenvolvimento Econômico.
Depois de anos difíceis, o varejo da cidade ficou mais animado neste final de 2018 e também nutre a esperança de mais vendas em 2019. A construção civil, que experimentou bonança na virada das décadas de 2000/2010, é outro setor que pode gerar postos de trabalho caso engrene novamente.

