Destino do estádio vira guerra entre moradores de Laranjeiras

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Antes e depois. O estádio já foi palco de partidas de futebol profissional e hoje está abandonado e se deteriorando rápido. Foto: Arquivo TN
Antes e depois. O estádio já foi palco de partidas de futebol profissional e hoje está abandonado e se deteriorando rápido. Foto: Arquivo TN

Eci Scardini

A proposta da diretoria da Associação de Moradores do Parque Residencial de Laranjeiras AMPRL, sobre o destino a ser dado ao campo de futebol foi amplamente rechaçada pelos quase 200 moradores presentes na Assembleia Extraordinária, realizada no dia 1º, no Centro Comunitário do bairro.

A assembleia foi convocada pela diretoria especificamente para tratar do assunto. Como os moradores estão escaldados com o destino que as áreas da Associação tiveram, resolveram reagir e compareceram em massa na assembleia, surpreendendo a diretoria, que não está acostumada com um quórum tão elevado.

Depois de dada as explicações do porque o campo estar em estado de abandono, a presidente da Associação, Débora Alves passou a apresentar três opções: deixar o campo como está; transformar o lugar em uma área de múltiplo uso, como feiras em geral e local de entretenimento; e a última de transformar o local em uma área de esporte, voltada para a prática de futebol society, acompanhada de uma estrutura de bar e restaurante.

Sem dar maiores explicações de como isso seria concretizado e tomando como exemplo os negócios mal feitos no passado, quando áreas nobres da Associação foram parar nas mãos de investidores, em contratos nocivos à entidade, os moradores optaram por outra proposta: formar uma comissão para estudar o que seria mais viável para os moradores e para a entidade.

Diante da reviravolta inesperada, a Assembleia tomou um rumo acalorado e a mesa que conduzia os trabalhos perdeu o controle da situação, que passou a ser conduzida pelos próprios moradores presentes. Um tumulto foi registrado no ‘empurra-empurra’ entre moradores e membros da diretoria.

Mais tarde, soube-se que a ideia da diretoria seria fazer uma Sociedade de Propósito Específico – SPE, tendo como sócios majoritários investidores particulares, que revitalizariam o local. Dessa forma, os moradores perderiam completamente a autonomia sobre o estádio, que teria uma gestão privada e os moradores teriam que pagar para utilizá-lo.

 

Foto de Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli é repórter e chefe de redação do Jornal Tempo Novo, com 25 anos de atuação na equipe. Ao longo de sua trajetória, já contribuiu com diversas editorias do portal e hoje se destaca também à frente da coluna Divirta-se.

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