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Dessalinizador vai entrar em operação e reduzir pressão da Arcelor sobre água do rio Santa Maria

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Maior indústria instalada na Serra, a ArcelorMittal Tubarão é também a maior consumidora individual da água do rio que abastece a maior parte dos bairros da cidade. Foto: Divulgação/ArcelorMittal Tubarão

Maior consumidora individual do rio Santa Maria, a ArcelorMittal Tubarão irá usar água do mar dessalinizada em seu processos industriais a partir do dia 14, e consequentemente reduzir a pressão sobre o manancial que atende Serra, Vitória, Fundão (Praia Grande) e Cariacica. O anúncio foi feito hoje pelo Governador Renato Casagrande e pelo presidente da ArcelorMittal Brasil Benjamim Baptista Filho.

Também foi anunciado que a empresa doará uma área para a Cesan construir nova Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) para substituir a que funciona atualmente no terreno ao lado do aeroporto em Jardim Camburi. A água de reúso (esgoto tratado) gerada pela nova estação também será consumida nos processo industriais da ArcelorMittal e quando isso acontecer reduzirá ainda mais a demanda da empresa sobre o rio Santa Maria.

Sobre a dessalinização, segundo a Arcelor divulgou anteriormente, a capacidade total de produção é de 500 m3/hora. O que significa gerar 138 litros de água por segundo. Já é um alívio, uma vez que só a ArcelorMittal Tubarão consome cerca de 500 litros por segundo do Santa Maria, segundo dados passados pelo Cesan em anos anteriores. E essa água não é tratada pela Cesan,  a empresa bombeia o líquido bruto captado na região de São José do Queimado – zona rural da Serra – direto para a planta da Arcelor em Tubarão.

Reaproveitamento do esgoto

Já em relação à construção de uma nova estação para tratar o esgoto doméstico de Vitória e de parte da Serra e reaproveitá-lo na siderurgia, o assunto é antigo. Era uma proposta discutida já nas audiências públicas de expansão da siderurgia, ocorridas na década de 2000. Mas, no caso da Arcelor, esbarrava na entrega de uma água de reúso com características físico – químicas adequadas à aplicação industrial. Assim disseram representantes da empresa em mais de uma oportunidade ao jornal Tempo Novo.

Captação da Cesan no rio Santa Maria na região do Queimado, zona rural da Serra, em imagem capturada após sequência de chuvas que deixaram a água do rio barrenta. Foto: Bruno Lyra 19/11/2019

Agora, segundo o governador Casagrande, essa nova estação ficará dentro da área da Arcelor mas sob a responsabilidade da Cesan. E mais, a empresa quer parceiro privado para tocar o projeto estimado em 130 milhões. O edital deve estar pronto até o início do próximo ano, disse Casagrande.

Essa nova ETE deve gerar mais 150 litros por segundo de água doce à ArcelorMittal Tubarão, que comprará o líquido da empresa que tocar o negócio.

Há  anos a Arcelor já usa água do mar, só que salgada. Serve para resfriar equipamentos. E é um uso intenso, são 13 mil litros por segundo. Um verdadeiro rio, cujas águas são devolvidas mais quentes ao oceano Atlântico, gerando poluição térmica. A empresa diz que faz tudo dentro do que a legislação ambiental e os órgãos determinam.

Colapso do principal manancial que atende a população da Serra

O colapso do rio Santa Maria vem sendo anunciado há décadas por pesquisadores e ambientalistas. E acabou acontecendo durante a super seca entre 2014 e 2016, quando a vazão do rio chegou a 1,4 mil litros por segundo, metade do nível crítico que é de 2,8 mil litros por segundo. Na ocasião faltou água até para o rodízio de abastecimento estabelecido pelo Governo do ES e pela Cesan por conta da crise hídrica.

Rio Santa Maria na região do Queimado, Serra: vazão ficou tão pequena na super seca entre 2014 e 2016 que faltou água até para atender rodízio da abastecimento de bairro, deixando alguns moradores sem o líquido por vários dias. Foto: Arquivo TN/Bruno Lyra/29 – 06 – 15

Com a seca atual, a vazão do rio Santa Maria voltou a ficar muito baixa nas últimas semanas e se aproximar do nível crítico.Mas subiu nos últimos dois dias por conta da chuva que cai no ES e agora está em 11,5 mil litros por segundo, segundo monitoramento da Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) e que pode ser conferido no site da instituição.

Vale lembrar que a Cesan capta entre 2,5 mil e 3 mil litros por segundo do Santa Maria para atender grande parte da Serra, Praia Grande em Fundão, zona norte de Vitória e bairros de Cariacica na região da Rodovia do Contorno (BR 101).

Segurança Hídrica  

Em trasmissão pelas redes sociais, o Governador disse que a dessalinição e a projeto de reutilização de esgoto na Arcelor irá reduzir a pressão sobre o rio Santa Maria. E acrescentou que a barragem prevista para ser implantada no rio Jucu (que abastece a parte sul da Grande Vitória) mais o programa Águas e Paisagem irão ajudar na segurança hídrica dos capixabas que moram na região metropolitana.

Foi o que também disse o presidente da ArcelorMittal Brasil, Benjamim Baptista Filho. “Essa iniciativa é absolutamente relevante para a gente preservar o abastecimento de água da região da Grande Vitória. Toda água gerada dessa processo vai ser reutilizada dentro da companhia, a gente vem reduzindo gradualmente o consumo de água doce que a gente recebe lá da Cesan, do rio Santa Maria. Com o processo de dessalinização e dessa nova PMI (Tratamento de esgoto doméstico e reaproveitamento na indústria) vamos reduzir substancialmente o consumo (do Santa Maria) e disponibilizar essa água doce para a comunidade”.

O presidente da Cesan, Carlos Aurélio Linhais, disse que mesmo com a chuva dos últimos dias há preocupação com a redução do volume dos rios Jucu e Santa Maria. E também considera a dessalinização e o futuro aproveitamento do esgoto doméstico  na siderurgia como fundamentais para a segurança hídrica da região metropolitana.

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