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Desapreço por Laranjeiras

Bruno Lyra

Desde que a Serra entrou na sua fase industrial, em meados da década de 1970, e que a transformaria na maior cidade do Espírito Santo, Laranjeiras virou bairro de referência não só para quem mora no município, mas também para quem vem de fora.

O que não blindou a localidade de alguns desleixos absurdos. O primeiro deles é o depósito de carros apreendidos pela polícia. Poucos meses depois de solucionar o problema na calçada da delegacia, o governo estadual agora não consegue impedir que o terreno vizinho ao terminal de Laranjeiras – do outro lado da importante Avenida Civit – vire depósito de veículos.

Um problema que vai muito além da estética. Carros e motos amontoados servem de abrigo para malfeitores, contaminam o meio ambiente e inutilizam um terreno nobre. Sem contar que os veículos sob a responsabilidade estatal sequer ficam livres de saqueadores.

Outro desleixo está ali ao lado, no terminal do Transcol. E por pouco não vira tragédia. Por duas ocasiões – uma em 2017 e outra no último dia 06 de março –, ônibus descontrolados desceram da área interna do estacionamento da plataforma rodoviária, passaram sobre a calçada e ficaram atravessados no meio da Avenida Civit. Com a palavra sobre a solução para evitar novos acidentes, a Ceturb. A autarquia estadual é a responsável pelo Sistema Transcol.

E entre as avenidas Civit e BNH, mais um símbolo do desapreço por Laranjeiras. As ruínas daquele que já foi o maior colégio público da Serra: a Escola Estadual Aristóbulo Barbosa Leão. De uma reforma iniciada em 2012 e paralisada em 2014, sobrou um terreno cheio de mato e de entulho oriundo da demolição do antigo prédio. Um problema sanitário e de segurança, uma vez que o ambiente está sem vigilância e com livre acesso. Sem contar o impacto aos alunos e suas famílias e aos profissionais da instituição, que desde 2012 funciona num prédio cheio de problemas em Jardim Limoeiro.

E como não falar do estádio da Associação de Moradores, desfigurado pela voraz instalação de imóveis comerciais em seu entorno e em terrenos da comunidade? Problema que deu combustível à discórdia no movimento comunitário, que agora, por decisão judicial, teve o grupo político trocado. Uma das plataformas do grupo que ascendeu é a recuperação do campo. Só o tempo dirá se essas novas lideranças estarão à altura do que Laranjeiras representa para a Serra.  

Gabriel Almeida

Jornalista do Tempo Novo há mais de oito anos, Gabriel Almeida escreve para diversas editorias do jornal. Além disso, assina duas importantes colunas: o Serra Empregos, destinado a divulgação de oportunidades; e o Pronto, Flagrei, que mostra o cotidiano da Serra através das lentes do morador.

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