Desafio da CNH para pessoas com necessidades especiais

Compartilhe:

 

Felipe Ramos tinha carteira antes de perder o movimento das pernas, depois precisou renovar o documento para dirigir carro adaptado. Foto: Fábio Barcelos

Atualmente quase um milhão e meio de condutores estão habilitados no Espírito Santo com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Deles 5.269 são Pessoas com Necessidades Especiais (PNE). Na Serra o registro é de 623 condutores PNE. Para essas pessoas os carros precisam ser adaptados. Inclusive os de autoescolas.

Um serrano já passou pelo processo de habilitação duas vezes. De Valparaíso, Felipe Ramos perdeu o movimento das pernas em um acidente de carro e após recuperação ele precisou tirar a carteira novamente. “Eu já tinha carteira, depois eu precisei renovar na condição de cadeirante, e quando fiz a prova de novo eu fiz no meu carro mesmo, que tem adaptação de acelerar e frear pelo volante”, conta ele.

Dos 260 Centros de Formação de Condutores aptos ao atendimento especial no Estado, 21 estão na Serra. Como a Serra Car que fica em Laranjeiras e conta com um carro para pessoas com deficiência na perna e no braço esquerdo. O proprietário Wanderson Ruela fala sobre. “Temos veículo próprio, com sistema automático e que conta com aceleração e freios nas mãos. E a pessoa após as aulas faz a prova no mesmo carro. Dependendo da deficiência alguns precisam de junta médica e outros não”.

Quando uma pessoa tem uma deficiência que a autoescola não tem o carro para dar aula, Ruela diz que é possível o compartilhamento. “Quando não temos um carro, existe um esquema de uso compartilhado de veículos do sindicato da categoria, que é permitido pela legislação”, detalha.

No Detran

Já o Departamento Estadual de Trânsito, Detran informa que as condições de abertura do processo da habilitação é a mesma independente de condição física, o candidato deverá preencher os seguintes requisitos: ser penalmente imputável, saber ler e escrever, possuir documento de identidade e possuir Cadastro de Pessoa Física – CPF. O diferencial é que os com necessidades especiais contam com acompanhamento de um perito médico examinador.

 

Foto de Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli é repórter e chefe de redação do Jornal Tempo Novo, com 25 anos de atuação na equipe. Ao longo de sua trajetória, já contribuiu com diversas editorias do portal e hoje se destaca também à frente da coluna Divirta-se.

Leia também