Defesa de vereador acusado de “rachid” diz que o que havia era “contribuição voluntária”

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Vídeo com o vereador Geraldinho Feu Rosa conversando com assessores foi divulgado na semana passada e teve grande repercussão. Foto: Reprodução Vídeo
Vídeo com o vereador Geraldinho Feu Rosa conversando com assessores foi divulgado na semana passada e teve grande repercussão. Foto: Reprodução Vídeo

Está nas mãos do Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES) o futuro político do vereador José Geraldo Carreiro, o Geraldinho Feu Rosa (PSB), que teve seu nome envolvido em denúncias por supostas práticas de “rachid”,retenção de parte dos salários de assessores. A defesa do vereador diz que o que havia era uma contribuição voluntária.

Segundo informações da assessoria do MPES, o órgão, por meio da Promotoria de Justiça Cível da Serra, investiga o caso.“A apuração ainda se encontra em fase inicial, já que o fato foi relatado ao MPES no dia 15 de fevereiro deste ano, num depoimento de um ex-assessor do vereador José Geraldo Carreiro, que apontou suposta prática de rachid realizada pelo parlamentar, em face dos assessores de seu gabinete e também de funcionários terceirizados que prestam serviços à Câmara da Serra. Caso sejam constatadas irregularidades, o MPES adotará as medidas previstas em lei”. Questionado sobre quais medidas são previstas, o órgão não detalhou.

A defesa do vereador foi procurada pela reportagem, e informou que o parlamentar esteve na sede do Ministério Público nesta terça-feira, quando apresentou documentos e prestou esclarecimentos. O advogado do parlamentar, Hélio Maldonado, negou que seu cliente seja responsável pelo que vem sendo acusado.

“Havia no gabinete do vereador uma contribuição voluntária de todos os assessores, inclusive o próprio parlamentar. Foi criado um fundo para custeio das despesas do mandato e todo dinheiro contribuído era reunido para um depósito único mensal na conta de um parente de uma assessora. As despesas feitas em prol dos serviços do gabinete eras custeadas por saques e uma escrituração contábil do gasto”, justificou o advogado.

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Ele acrescentou que, no final de 2018, a mesma pessoa que idealizou esse fundo sugeriu que fosse feita uma conversa no gabinete para manutenção do grupo político e que cada um passasse a pagar essa contribuição em uma conta pessoal que receberia as doações, e que em 2020 fizesse uma doação transparente para quem fosse concorrer pelo grupo. “Esse mesmo idealizador, juntamente com outro assessor, incitou o vereador a fazer a conversa e, de maneira clandestina e intencionada, gravou a conversa sem ciência dos demais integrantes. E passou a extorquir o vereador após esse episódio. O vereador, inclusive, registrou um boletim de ocorrência sobre os fatos. Ele está de cara limpa e tem expectativas de que as denúncias sejam arquivadas”, declarou o advogado.

O vereador ainda enfrenta uma ação no PSB, que deve resultar na sua expulsão na legenda. A acusação é de infidelidade partidária e não cumprimento do programa e do estatuto do partido. Caso o vereador seja expulso, ele poderá enfrentar ainda uma ação para retomada do mandato.

O suplente de Geraldinho, Fábio Latino Araújo, disse que aguarda os resultados das ações antes de se manifestar.”No momento, estou acompanhando o posicionamento do partido e do MP. Por enquanto, são hipóteses. Só vou tomar uma decisão depois que tiver algo concreto”.

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Mari Nascimento

Mari Nascimento é repórter do Tempo Novo há 21 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal, principalmente para a de Política.

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