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De mochilão e bicicleta, amigos vem pedalando da Argentina para conhecer belezas da Serra

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Os argentinos Isidoro e Adrian com o serrano Edson Reis, na frente da igreja Matriz (Nossa Senhora Conceição), na Serra Sede. Foto: Edson Reis

Imagine conhecer o litoral brasileiro dando muitas pedaladas? Uma aventura e tanto, não é? Em busca da liberdade e com a cara e a coragem o argentino Adrian Alberto Espana, de 35 anos embarcou rumo ao desconhecido. O artesão saiu de sua terra natal, em Buenos Aires, na Argentina, sozinho e a bordo de uma bicicleta e seguiu pedalando rumo ao litoral brasileiro, chegando a Serra.

Em solo serrano, Adrian chegou com seu amigo Isidro Dominguez, o Tatu, também argentino, que encontrou no Rio de Janeiro, nesta quarta (12) e está hospedado na casa do fotógrafo Edson Reis, em Jardim Bela Vista.

Com a mochila nas costas e poucos utensílios na bagageira da bike, Adrian, passou por muitas cidades brasileiras antes de chegar a Serra e conta como está sendo esta aventura sob duas rodas.

A viagem de Adrian começou em 20 de setembro de 2020 quando saiu da Argentina depois de visitar a família. “Cheguei em dezembro de 2019 a Buenos Aires e daí veio a pandemia, minha intenção era sair antes de setembro, mas tive que ficar um pouco mais. Quando sai de lá, estava tudo fechado por conta da Covid-19. Foi um domingo e comecei subindo sozinho de bike, da Argentina para o Brasil”.

Adrian começou pedalando pela divisa Brasil e Argentina, próximo a Foz do Iguaçu. “Vim pelo interior, entrei no Paraná, desci para Curitiba. As vezes rola uma carona, como é muita serra, muita subida, arrumei algumas caronas e fui descendo pelo litoral chegando a São Paulo, litoral norte, Ubatuba, São Sebastião. Cheguei ao Rio de Janeiro, passei em Parati, Angra dos Reis, passei uns meses na Ilha Grande e foi nessa cidade que conheci esse amigo meu, o Tatu, que está viajando de mochilão comigo desde Búzios”.

Os ciclistas seguiram por Búzios, região do Lagos, Cabo Frio e Arraial do Cabo. “Fomos para o lado de Macaé, num local chamado Sana, ficamos um tempo lá, na casa de um pessoal que eu já tinha conhecido numa outra oportunidade. Fomos novamente para o lado da praia, conhecemos o litoral norte do rio quase na divisa do ES e entramos em terras capixabas. Viemos pela beira mar, passamos por Marataízes, Piúma, Anchieta, até chegar em Guarapari. Naquela região, pegamos a BR 101 e passar pela Serra foi um passo obrigatório”.

Na Serra, Adrian e Tatu devem ficar uma temporada para dar manutenção nas bicicletas e descansar. “Nossas bicicletas estão meio batalhadas, com os buracos, estrada de chão que pegamos, vai soltando parafuso, sal do mar que corrói o metal, a bagageira soltou. Precisávamos de uma parada, não só para descansar, mas para dar uma ajeitada nas bikes”.

Já o serrano, Edson Reis, conhecer da Serra, promete que irá levar os argentinos aos pontos turísticos da cidade. “Eles devem ficar uma semana, a galera da bike está doida com eles. Quero levar eles no Mestre Álvaro, em Nova Almeida, Queimado. História fascinante”.

Para sobreviver a viagem, Adrian vende seus artesanatos. “Faço macramê, filtro dos sonhos, pulseiras, colares. Trabalho muito com material da natureza que vou catando pelo caminho, cristais, pedrinhas, sementes, cipó, penas, conchas, búzios. Tudo que tiver na natureza e tiver uma energia boa eu trabalho e consigo um dinheirinho desta forma. Quando preciso de grana e coisa aperta, trabalho em cozinha ou como garçom. Tudo por períodos curtos, as vezes meses ou dias. Mas o que me sustenta na viagem mesmo é meu artesanato”, destaca Adrian.

E foi por meio do artesanato que ele conheceu o serrano Edson Reis. “Numa viagem que fiz a Itaúnas, fiz um colar pra ele, do jeito que me pediu e a partir daí, trocamos Instagram e mantivemos contato. E agora, quando estava passando pela Serra, lembrei dele, mandei mensagem e ele abriu as portas da sua casa para nos hospedarmos”, conta o argentino.

Planos para o futuro, Adrian não sabe bem dizer, para onde vai ou onde irá ficar. “Não temos um planejamento certo. Tentamos passar por todos as localidades. Aqui é lindo e a gente não conhecia. Destino final, não existe, sou um peregrino”, afirma o mochileiro que disse que a intenção é retornar para a Bahia. “Sou aberto a quaisquer coisas, não tenho planos e nem datas. Vou curtindo e deixando acontecer, deixo fluir. Quero liberdade”.

Edson, de azul, com Adrian, de amarelo, em 2017, em Itaúnas. Foto: Acervo pessoal Edson Reis

Andanças começaram desde 2017 e bicicleta foi presente de morador de Itaúnas

Não é de agora que Adrian ganha o mundo com a mochila nas costas. Em 2017, ele já viajava e cortava fronteiras, só que andando. “Tem vários anos que viajo de mochilão, comecei a pé, de carona, trabalhando com artesanato”.

Em 2017, o argentino saiu do litoral de Buenos Aires, Argentina com destino final da Bahia. “Já tinha feito outras viagens pelo Brasil e conhecia vários lugares, sempre acompanhado com outra galera, mas desta vez fiz sozinho e gostei”.

Adrian conta que subiu o litoral de Porto Alegre, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, passou em vários lugares, até chegar no ES, em Itaúnas, onde ficou por três meses. “Fiquei numa pousada fazendo trocas, voluntariado, um jeito de viajar sem gastar muito dinheiro, chegar num lugar, fazer um serviço, em troca ganhar hospedagem, alimentação, um fortalece o outro. Faço um intercâmbio legal”.

E foi nessa pousada, que o dono deu a Adrian uma bike. “Eu nem planejava sair pela estrada de bike, mas curti a ideia. Veja como são as coisas e as casualidades da vida, que naquele momento em Itaúnas eu também conheci o Edinho, estava expondo minha arte, e fiz um colar pra ele e agora estamos aqui”.

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