Davi, o macaco-prego que virou rei na Serra, faz sucesso com seu dono

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Macaco Davi
Crédito: Reprodução
Macaco Davi
O macaco-prego Davi e seu dono, Rafael Monteiro Cruz. Os dois são moradores da Serra e estão fazendo sucesso nas redes sociais. Crédito: Reprodução

O empresário Rafael Monteiro Cruz acolheu Davi, um macaco-prego, em sua residência na Serra quando este tinha apenas cinco meses de vida. Atualmente, com cinco anos de idade, Davi se tornou um verdadeiro rei e faz sucesso na cidade, acumulando mais de 7 mil seguidores no Instagram.

Davi, uma espécie de fauna selvagem, foi adquirido de um criador licenciado em Santa Catarina, o único do gênero no país. “Davi chegou conosco devidamente documentado, com microchip e nota fiscal”, esclareceu Cruz.

O nome do macaco foi escolhido pelo empresário antes mesmo de sua chegada e foi inspirado no ‘Rei Davi’, personagem bíblico.

Segundo o dono de Davi, para ter um macaco-prego como ele, ele precisa nascer e ser criado em cativeiro por um criador comercial autorizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis ​​(IBAMA).

“Provavelmente, seus ancestrais viveram em estado selvagem, mas por algum motivo, eles não puderam retornar ao seu habitat natural e acabaram sendo transferidos para um zoológico, um santuário ou um criador comercial licenciado, onde foi realizado um processo de seleção genética para as gerações futuras”, enfatiza.

Os cuidados e gastos com Davi

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Se a resposta for sim, então pode acreditar que será o melhor presente da vida deles, garante o empresário. “É muito fácil se encantar com Davi e suas travessuras, mas seu bem-estar depende de muitos fatores importantes que devem ser sempre levados em consideração.”

Ele explica que, antes de tomar uma decisão, é preciso avaliar se terá condições financeiras para atender às necessidades de um animal silvestre. “Ter um macaco-prego não é barato. Eles exigem muito espaço, um cercado grande e bem adaptado que atenda às suas necessidades básicas. Lá será a casa deles na maior parte do tempo. Mas se uma pessoa realmente ama os animais silvestres e está disposta se dedicar incondicionalmente, então com certeza deveria ter. Mas sempre legalmente, para não contribuir para o fomento do tráfico”, explica.

Treinamento para cuidar do animal

Quando o pequeno Davi chegou, foi um turbilhão, lembra o empresário. “Eu via muitos vídeos na internet de pessoas que tinham macacos de estimação com fraldas e roupinhas, e achava que seria muito fácil, mas não era”, lembra. “Foi aí que percebi a necessidade de um treinador especializado em animais silvestres para me ensinar sobre seu comportamento natural, então contratei um.”

Rafael Cruz diz que o primeiro passo é ganhar a confiança do animal antes de poder fazer essas coisas. “Como são animais inteligentes, se não confiam em você, você não pode instruí-los. É preciso criar um vínculo forte com eles para que venham a respeitá-lo. Como são animais silvestres que vivem em grupos, eles têm um líder a quem obedecem. Esse é o primeiro ponto a ser trabalhado. Foi um processo longo, mas extremamente necessário”, garante.

Davi tem rotina programada

O macaquinho tem uma rotina cuidadosamente programada. Todos os dias, sua agenda inclui treinos comportamentais, exercícios de concentração, hora da alimentação e até assistir a um filme com Rafael Cruz comendo pipoca.

“Como trabalho em casa com treino funcional, recebo muita gente, e como o Davi foi condicionado a socializar desde pequeno para evitar agressões, ele se dá bem com qualquer um. Mas ele só obedece a mim; eu sou a voz de comando, representando o ‘líder’ do bando.”

Como parte da agenda de Davi, ele também pratica esportes com seu dono. O macaco é um sucesso no stand-up paddle e, acredite ou não, ele bebe de uma garrafa enquanto está na prancha! “Ele não tem medo, confia muito em mim. Ele me abraça quando estamos na água e adora ver o nascer do sol.”

Aliás, não faz muito tempo, enquanto o Rafael Cruz dava aula para seus alunos, um deles disse que o Davi estava solto. “Achei que era brincadeira, mas não, o malandro tinha fugido do recinto dele. Ele é esperto e fica de olho no cadeado todos os dias. Se dá algum problema, ele percebe e foge. Mas não sai a propriedade; ele fica em algum lugar, como em uma árvore, esperando que eu venha resgatá-lo. Eu só tenho que ligar, e ele vem. Essa é a parte mais importante para condicioná-lo e ganhar sua confiança.”

Davi também gosta de interagir com outros animais no local. “Tenho um casal de pugs e algumas aves exóticas devidamente registradas, todas obtidas legalmente, e se dão bem”, concluiu Rafael Cruz.

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Gabriel Almeida

Jornalista há 11 anos, Gabriel Almeida é editor-chefe do Portal Tempo Novo. Atua diretamente na produção e curadoria do conteúdo, além de assinar reportagens sobre os principais acontecimentos da cidade da Serra e temas de interesse público estadual.

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