
“A face de um criminoso, que se esconde atrás de uma suposta doença mental para justificar a sua covardia e crueldade ao esquartejar uma cadelinha indefesa”. Essa é a conclusão da deputada Janete de Sá, presidente da CPI dos Maus-tratos a Animais do ES na Assembleia Legislativa, diante do depoimento do homem que esquartejou uma cadela em Jacaraípe, na Serra. A comissão pede pena máximo para o assassino.
A oitiva aconteceu na última terça (08), em reunião extraordinária para colher os depoimentos de todos os suspeitos envolvidos no caso da cadelinha esquartejada no bairro Patrício, em Jacaraípe.
“O que vimos foi a face de um criminoso, que se esconde atrás de uma suposta doença mental para justificar a sua covardia e crueldade ao esquartejar uma cadelinha indefesa. As testemunhas, que também são coautores do crime, ainda tiveram a frieza de recolher os restos do animal e jogar em ambiente público, podendo gerar danos ambientais e de saúde pública. Os envolvidos, inclusive, deram versões diferentes dos fatos, e através disso, pudemos identificar as contradições”, disse a deputada.
Janete disse ainda que o autor do crime oferece perigo para sociedade e não sairá impune desse crime bárbaro. “A CPI exige prisão imediata do autor do crime por um período de 2 a 5 anos devido aos maus-tratos à cadela, conforme dispõe a Lei 14.064/20, e por ameaça às testemunhas”.
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O relatório pede, ainda, o indiciamento dos coautores pelo descarte inadequado de animal em via pública.
Para quem não se lembra, o crime aconteceu no último dia 18 de janeiro, no bairro São Patrício, em Jacaraípe e chocou os moradores pela forma covarde e bárbara que foi cometido.
Na ocasião, uma moradora achou o corpo da cadela que foi deixado numa bacia em frente a uma creche e postou vídeo e fotos nas redes sociais. No vídeo que não será postado na matéria por conter cenas fortes, a moradora mostra o momento em que encontrou a cadela morta dentro de uma espécie de bacia com vísceras aparentes e muito sangue.
Depois da repercussão do caso, o homem foi identificado e ouvido pela Polícia Civil no último dia 25, onde confessou o crime e alegou ter praticado o ato diante de um surto. Ele foi liberado logo após o depoimento por não se tratar de flagrante.
Vale lembrar que maus-tratos a animais é crime previsto em lei. A pena para quem comete tal ato é de dois a cinco anos de detenção, além de multa e proibição da guarda para quem praticar este tipo de crime.

