Motores vão voltar a roncar num dos templos do automobilismo capixaba. O Barródromo de Jacaraípe (Autódromo Julita Barros) vai receber três etapas do Campeonato Capixaba de Velocidade na Terra nos próximos dias 04 de outubro, 1º de novembro e 13 de dezembro.
A informação é do produtor e organizador das corridas, Neném Monteiro, morador da Serra que no mês que vem completará 30 anos de dedicação ao automobilismo no Espírito Santo.
Por conta da pandemia da covid-19, o Barródromo ficou meses sem corrida. A exceção foi o evento do último dia 23 de setembro, que não foi aberto ao público – apenas familiares e amigos dos pilotos puderam acompanhar em formato drive in.
Para as três próximas corridas Nenem e parceiros ainda não definiram se poderá ter público presente. Mas ele diz que se puder, deverá haver limitações para atender aos protocolos de segurança contra contaminação por covid-19 e é possível que os expectadores presentes só possam assistir no formato drive in.
“Essa situação deverá ser decididas nos próximos dias e vai depender de conversa e autorização das autoridades sanitárias”, frisa Monteiro.
Vale lembrar que a organização instalou portão e aumentou a altura da pilha de pneus na margem do Barródromo durante a pandemia para impedir que o público se aglomere às margens da Av. Talma Rodrigues, vizinha à pista. Tudo por conta da covid-19.
Mas é certo que haverá transmissão pela internet, como já aconteceu na prova de 23 de setembro. Para efeito de pontuação no Campeonato Estadual, valerão apenas os resultados das próximas três corridas.
O Estadual de Velocidade na Terra é disputado em duas categorias: Turismo Light e Turismo Graduado. A diferença entre elas é apenas a experiência dos pilotos, sendo a segunda disputada por quem tem mais ‘bagagem’ no cockpit.
Geração de trabalho e entretenimento
Neném explica que para realizar cada prova é necessário preparar o barródromo com limpeza, terraplanagem e umidificar a pista.
“Primeiro é preciso limpar o mato que cresce na pista e nas margens. O uso da patrol é para deixar a piso liso, dando mais segurança aos pilotos. E é necessário molhar para evitar excesso de poeira. A pista é molhada no sábado à tarde para os treinos e no domingo o dia todo.Gasta cerca de 150 mil litros e sempre utilizamos água de reúso”, explica Neném.
Cada evento custa cerca de R$ 28 mil, segundo Neném. E cada um gera 72 postos de trabalho, entre o pessoal responsável pela pista, organização das provas até a gente que fica a cargo da alimentação.
“Além dos patrocinadores, temo ajuda muito forte e fundamental do pilotos. É a ajuda deles que faz o negócio vingar”, completa Monteiro.
O Estadual de Velocidade na Terra é um evento tradicional no calendário esportivo capixaba e em tempos de pré-pandemia já atraiu multidão de até 15 mil pessoas ao Barródromo de Jacaraípe.
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