À meia-noite do dia 31 de dezembro, o Brasil repete um ritual silencioso. Não aparece nas fotos do Réveillon nem costuma ser assunto à mesa, mas está lá, escondido sob roupas brancas, vestidos leves ou looks calculados para a virada. A escolha da cor da calcinha segue firme como uma das superstições mais populares do fim de ano atravessa gerações, classes sociais e regiões do país.
Entre lentilhas no prato, dinheiro no sapato e promessas sussurradas antes do brinde, a roupa íntima funciona como um pedido particular para o ano que começa. Amor, dinheiro, paz, saúde. Cada cor carrega um desejo. Nem todos acreditam, mas muitos respeitam. “Vai que funciona”, dizem.
Qual cor de calcinha usar no Ano Novo hoje?
O branco é quase um consenso nacional. Representa paz, renovação, harmonia. Para muitos, é a escolha segura. Não promete excessos nem mudanças bruscas. Apenas um ano mais leve. É comum entre quem quer “organizar a vida” ou começar de novo sem grandes sobressaltos.
Já o vermelho segue como símbolo direto da paixão. Energia, movimento, desejo. A cor costuma ser escolhida por quem quer reacender relações, começar outras ou simplesmente viver com mais intensidade. Também aparece associada à coragem e à ação.
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O amarelo reina absoluto quando o assunto é dinheiro. Prosperidade, riqueza, crescimento material. Mas não só. A cor também está ligada à mente, ao raciocínio e à produtividade. É comum entre quem começa o ano com metas financeiras, novos projetos ou mudanças profissionais no radar.
O rosa surge como alternativa ao vermelho. Menos paixão, mais afeto. Amor com diálogo, harmonia nos relacionamentos, perdão. É escolhido por quem deseja vínculos mais equilibrados.
O verde entra como pedido de saúde e estabilidade emocional. Ligado à esperança e ao equilíbrio, costuma ser associado a recomeços mais estruturados. Quem escolhe o verde geralmente busca constância, menos altos e baixos, mais chão.
O azul aparece como contraponto ao excesso. Tranquilidade, serenidade, calma. Na cromoterapia, está ligado à fé e à intuição. Tons claros remetem a liberdade e movimento; tons mais escuros, a responsabilidade e amadurecimento.
O laranja mistura prosperidade com ousadia. Não é apenas dinheiro, mas oportunidade. A cor fala de coragem para arriscar, tomar decisões e sair da inércia. Costuma aparecer entre quem começa ciclos novos.
O violeta, lilás ou roxo ocupa um lugar mais introspectivo. Transmutação, transformação, autoconhecimento. É escolhido por quem sente necessidade de mudança profunda ou está em busca de respostas internas.
O preto, tradicionalmente associado ao luto, ganhou nova leitura. Poder, sofisticação, mistério. Quem opta pelo preto costuma combinar a peça com outra cor, numa espécie de equilíbrio entre discrição e desejo.
Cores neutras também entram no jogo. O marrom representa solidez, segurança, estabilidade. Conexão com a terra. O bege, mistura de branco, marrom e amarelo, carrega a ideia de equilíbrio, tranquilidade e prosperidade discreta.
Como escolher a cor da calcinha segundo a numerologia
Para quem segue a numerologia, a escolha pode ser mais calculada. Soma-se o dia e o mês de nascimento ao ano que começa, reduzindo o resultado a um único número. Cada número teria uma vibração específica e, com ela, uma cor mais indicada. Não é regra. É referência.
Exemplo:
Nascimento em 18 de março (18/03) e virada para 2026
1 + 8 + 0 + 3 + 2 + 0 + 2 + 6 = 22
2 + 2 = 4
Nesse caso, o Ano Pessoal é 4.
A numerologia sugere que a cor escolhida funcione como um reforço simbólico da energia que estará em evidência ao longo dos próximos 12 meses.
Ano 1 – Inícios, decisões e movimento. Cores associadas: vermelho ou laranja.
Ano 2 – Relações, acordos e sensibilidade. Cores: rosa e bege.
Ano 3 – Comunicação, criatividade e expansão. Cores: amarelo.
Ano 4 – Estrutura, trabalho e estabilidade. Cores: verde e marrom.
Ano 5 – Mudanças, liberdade e adaptação. Cores: azul claro e violeta.
Ano 6 – Família, responsabilidade e afetos. Cores: azul índigo ou rosa.
Ano 7 – Introspecção, estudo e autoconhecimento. Cores: lilás e roxo.
Ano 8 – Poder material, organização e resultados. Cores: rosa ou tons neutros sofisticados.
Ano 9 – Fechamento de ciclos e desapego. Cores: verde ou violeta.
No fim, a tradição da calcinha colorida diz menos sobre fé literal e mais sobre expectativa. É um gesto íntimo, quase secreto. Um pedido silencioso feito no instante da virada.
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