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Chico Prego: o escravo da Serra, herói-mártir do Queimado e um dos mais importantes do país

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Na Serra, Chico Prego ganhou uma estátua (2006) confeccionada pelo artista Genésio Jacob Kuster (conhecido como Tute) e restaurada em 2021.

A coletânea ‘Protagonistas da Serra’, produzida pela coluna Histórias da Serra – vinculado ao Jornal Tempo Novo – chega a um dos seres humanos mais importantes no processo de formação histórico-cultural do município: Chico Prego.

Se hoje, em pleno 2022, as populações negras ainda enfrentam grandes barreiras para romper as diferenças de tratamentos étnicos presentes na sociedade, imagina como seria ainda mais laborioso caso as gerações passadas não tivessem se levantado contra a tirania do qual estavam submetidos milhões de pessoas escravizadas?

Verdadeiros heróis do processo civilizatório, do qual a humanidade tem o dever da preservação histórica para que sejam reverenciados com as honras merecidas garantindo que nunca mais seres humanos sejam subjugados tão brutalmente como no período escravagista brasileiro.

É muito provável que em algum momento da vida do leitor, já tenha se deparado com o lendário nome de ‘Zumbi dos Palmares’. Líder do Quilombo de Palmares, hoje território pertencente a Alagoas (na época Capitania de Pernambuco).

Nascido em 1655 e feito prisioneiro aos seis anos, Zumbi dos Palmares foi batizado com o nome “Francisco”; foi letrado em português e latim. Aos 15, fugiu para Palmares, local em que mais tarde lideraria a resistência negra, marcando seu nome para sempre na história do país.

Mas a Serra, com seus 465 anos de existência e hoje lar de 540 mil habitantes, também teve um escravo insurgente, guerreiro corajoso e tenaz, de nome Francisco, assim como o nome de batismo de Zumbi.

No século XIX, Francisco era escravo em uma fazenda que pertencia à Ana Maria de São José, localizada na região circunvizinha de Serra Sede. Francisco era popularmente conhecido como Chico Prego, um homem negro, descrito como forte, robusto e corajoso.

Este texto se concentra na trajetória de Chico Prego, entretanto, sua vida conhecida é absolutamente indissociável da Insurreição do Queimado, ocorrido em 19 de março de 1849, do qual, ele foi um dos líderes. Antes disso, não existem registros conhecidos sobre a vida do escravo, até porque, tal tarefa é uma das mais complexas da historiografia brasileira, dado o contexto da época, em que uma pessoa escravizada, nem considera ser humano era.

Apesar do aprofundamento do estudo sobre a vida conhecida de Chico Prego, este texto tem por princípios o jornalismo, portanto, se fazendo valer das prerrogativas editoriais neste sentido, ou seja, sendo fiel as fontes pesquisadas, porém tendo a liberdade editorial de se posicionar.

O próprio texto já traz uma crítica editorial do Jornal Tempo Novo, do qual pontua o subdimensionamento da importante história de Chico Prego para o movimento abolicionista brasileiro, talvez pelas características regionais, que comumente relega o Espírito Santo ao 2º escalão da história. Se fosse mineiro, haveria um feriado nacional em homenagem ao nosso Francisco.

O texto usou como base especialmente as informações colhidas do livro ‘Insurreição do Queimado – Episódio da história da província do Espírito Santo’, escrito pelo ilustre capixaba Afonso Cláudio (que já teve sua trajetória e importância para a Serra, contada pela coluna Histórias da Serra), escrito originalmente em 1884 e que é à base de todos os estudos científicos a respeito do ocorrido. O livro utilizado foi à edição comemorativa dos 150 anos da Insurreição, publicado em 1999.

 

Além disso, foram extraídas informações da coletânea do jornal Correio de Victoria que foi primeiro jornal publicado no Espírito Santo (fundado em 17/01/1849 e extinto em 1873) – e é uma importante fonte de pesquisa histórica. Também foram utilizadas informações do acervo jornalístico do Tempo Novo, produzidas com diferentes fontes em 39 anos de trabalhos vinculados a cultura da Serra; além dos livros ‘Queimado – A Insurreição que virou mito’ do escritor Luiz Guilherme Santos Neves; ‘Insurreição do Queimado’ do historiador Francisco Eugênio de Assis; e ‘Histórias da Serra’ do também historiador, Clério Borges.

O contexto da Serra na época: Freguesia, Cidade ou Vila?

Pintura de Valter Assis (in memorian) da antiga vila de São José do Queimado, que foi palco da revolta dos escravos. Foto: Arquivo TN

Assim como dito, não é objetivo esmiuçar a Insurreição do Queimado, porém, resumi-la se faz necessário. Para todos os efeitos administrativos, a Serra já era o que se pode considerar uma cidade, porém, como o sistema português de gestão administrativa era diferente do Brasil atual; a nomenclatura formal era de ‘vila’ que equivaleria a município (antes uma freguesia de Vitória, em 1822 a Serra se torna uma Vila; tendo o território desmembrado da capital somente em 1833 por ato oficial do Governo Municipal).

Já em 1870, ou seja, transcorridos 37 anos, a sede do município [hoje Serra Sede] foi elevada à categoria de cidade por meio de um projeto do deputado provincial Major Pissarra (misterioso personagem que o ‘Histórias da Serra’ também já contou). Na época, o Brasil já tinha solidificado a Independência há muitos anos; e a mudança tinha mais características conceituais do que propriamente objetivas.

Por isso, para efeito histórico, o texto vai tratar a Serra como ‘Vila’, uma vez que a Insurreição do Queimado ocorreu no ano de 1849, ou seja, data entre a data de elevação à categoria de Vila em 1822 e a formalização do status de cidade em 1870.

A freguesia do Queimado foi criada pela lei provincial n° 9, de 1846. Era um local que agregava alguma importância, pois servia de ponto de parada para comerciantes que iam e vinham de Vitória para negociar sacas de produções agrícolas das regiões de montanhas do Espírito Santo.

Nas primeiras décadas do século XX o local foi perdendo expressão, já que começaram a serem abertas novas estradas que ligavam as regiões produtoras à Vitória, em especial após a inauguração da Estrada de Ferro Vitória Minas (EFVM). Com isso, Queimado deixa de ser rota de parada e de comércio para a capital e sofre esvaziamento. Atualmente o local é parte da área rural da Serra, distantes do centro urbano.

A Igreja do Queimado, a promessa não cumprida e a revolta armada

Igreja do Queimado em 1945, já vivendo o declínio da região. Crédito: Revista capixaba/1945

Historiadores estimam que à época da Insurreição, o local tinha aproximadamente cinco mil habitantes, um número bastante considerável. Neste período, o italiano, natural da cidade de Roma, Frei Gregório José Maria de Bene estava designado para ser o responsável paroquial da Freguesia. Foi dele a ideia de construir a Igreja de Queimado, que ficaria situada no alto de uma colina e daria visão de toda a freguesia do Queimado.

Para a empreitada, o Frei convenceu escravos oriundos das fazendas vizinhas, a ajudarem na construção, com autorização de seus respectivos senhores. Como moeda de troca, Frei Gregório iludiu (ou se auto-iludiu?) os escravos com o sonho da liberdade, afirmando que na missa de inauguração, os negros seriam libertos por meio das cartas de alforria.

Para construir a igreja, os escravos levaram cerca de dois anos. A tarefa árdua consistia, por exemplo, no carregamento manual de pedras grandes e pesadas do Rio Santa Maria da Vitória (que atualmente abastece ¾ da Serra) até a íngreme colina, distante algumas léguas. As atividades eram feitas no período da noite, para não comprometer a produção nas fazendas.

Líderes dos escravos já vinham desconfiando que a promessa não seria cumprida, e pressionavam Frei Gregório que dava sinais trocados. Em 19 de março de 1849, no dia da inauguração da Igreja, um grupo de escravos, organizados e armados, invadiu a igreja com a reinvindicação da prometida liberdade.

Esse grupo saiu em seguida para as fazendas vizinhas a Queimado, libertando escravos de seus senhores. O número de partícipes do movimento superou 300 pessoas escravizadas.

A ordem das autoridades era matar, matar e matar

Ilustração extraída do Arquivo Nacional.

O movimento causou grande temor entre a população livre e foi duramente sufocado pelo Governo Provincial através do presidente provincial (similar a um governador, hoje em dia) Antônio José Siqueira. O tempo de resposta das autoridades era um fator determinante, já que o movimento foi se avolumando e poderia influenciar revoltas em toda a província do Espírito Santo, que não detinha o poderio bélico de outras grandes províncias.

Milícias, soldados e voluntários escravagistas foram enviados nos dias seguintes pelo Governo (a partir de 20 de março). A ordem era estancar e assassinar o quanto fosse necessário. O objetivo era matar o máximo possível de escravos para que a história jamais se espalhasse.

De acordo com o historiador Clério Borges, no documentário ‘Queimado – A luta pela Liberdade’, do diretor Rogério Martins, o extermínio vitimou mais de 100 negros logo nos dois primeiros dias, que tiveram seus cadáveres jogados em que lagoa, que na época recebeu o sombrio apelido de ‘Lagoa das Almas’. Alguns acreditavam que poderia ser a atual Lagoa Sarapongá, mas nunca foi confirmado.

Os escravos e seus líderes começaram a vacilar em decorrência do temor dos castigos e da resposta agressiva por parte do Governo Provincial. Em uma batalha ocorrida neste mesmo dia, o movimento de insurgência se desmantelou. Em fuga por dias, Chico Prego e João da Viúva foram presos (será detalhado abaixo) e os demais líderes terminaram capturados em sequência.

Encarregado direto disso das caçadas, estava o capitão de milícias, Antônio das Neves Teixeira Pinto, que era também o delegado da Vila da Serra. Este cidadão da época era reconhecido pela extrema crueldade com que punia escravos. Tido como um homem vil, desde o início, o delegado Das Neves se encarregou de assassinar os negros ao seu bel prazer. Em seu livro, Afonso Cláudio destina uma página completa para narrar o perfil odioso de Antônio das Neves Teixeira Pinto e suas maldades consentidas pelas autoridades provinciais.

Entre os escravos que conseguiram sair vivos da matança desfreada, alguns fugiram para Cariacica e outros voltaram voluntariamente para seus senhores, que se encarregaram de puni-los severamente; mas a maior parte correu para o mato, tendo destinos desconhecidos.

Os documentos oficiais sobre o processo criminal foram extraviados anos depois, portanto existe certa divergência a respeito do número de escravos sentenciados. De acordo com relato do Correio de Victoria, o júri popular se reuniu do dia 31 de maio ao dia 02 de junho, e condenou cinco escravos à morte (classificados como os ‘cabeças’ da Insurreição); absorveu seis negros das acusações e “o resto” foi sentenciado a açoites que variaram de 1.000 a 300 chicotadas. Estima-se o número de 25 escravos açoitados em praça pública e 36 sentenciados ao todo.

Os condenados a morte foram: Elisiário, Carlos e João Pequeno (todos escravos que se conheciam muito, pois pertenciam aos irmãos Alvarenga), que conseguiram fugir em dezembro daquele ano; Chico Prego e João da Viúva que foram executados na forca nos dias 11 e 08 de janeiro de 1850, respectivamente.

Os condenados a açoites, como observou o historiador Dr. Francisco Eugênio de Assis eram executados numa das principais praças da Cidade de Vitória, Praça do Cais da Alfândega, em pleno dia e à vista de toda a população:

O relho [chicote] ia caindo seguidamente, salpicando as pedras do calçamento de pedaços dos infelizes. Os cães afluíam [apareciam em grande número] ao local, para sorver [beber] o sangue que porejava [gotejava] de suas feridas abertas com o látego [açoite]. Cada escravo que caísse esperava a morte. Os executores, verdadeiros canibais, disputavam o primado da malvadez e da perversidade na execução do castigo”.

Ao contrário do que se pensa, Chico Prego não foi o arquiteto da Insurreição, mas o mártir

Fotografia de Walter de Assis, de propriedade do acervo do Jornal Tempo Novo. Ao fundo do artista, se vê a pintura em que ele retrata o carrasco (de terno) carregando Chico Prego até a forca. Credito: Jornal Tempo Novo/junho de 2000

Da Insurreição do Queimado, o personagem mais conhecido é Chico Prego; o que leva muita gente a crer que ele foi o arquiteto intelectual do movimento libertário. Entretanto, esse papel coube a Elisiário, escravo do fazendeiro Faustino Antônio de Alvarenga Rangel. Frei Gregório dialogava diretamente com Elisiário, com quem negociava a promessa de liberdade.

Elisiário era descrito como um escravo inteligente e bem articulado; foi o líder que uniu as legiões de escravos para juntos construírem a Igreja e posteriormente canalizaram a frustração da promessa não cumprida em uma Insurreição. Porém, no mesmo dia 19 de março, após a conflagração do movimento libertador, Elisiário foi se mostrando cada vez mais errante em suas decisões. Enquanto Chico Prego, um dos chefes subordinados a Elisiário, se mantinha firme na batalha que se seguiu.

Portanto, Chico Prego foi o mártir que contribuiu para que a Insurreição do Queimado nunca fosse esquecida. E em seu livro, Afonso Cláudio insinua que Chico Prego tinha exata dimensão histórica do que significaria sua morte.

Francisco, popularmente conhecido por Chico Prego, foi incumbido por Elisiário de recrutar aderentes na região de Serra Sede e suas circunvizinhanças para formar uma legião de guerreiros. Após a juntada de armas extraviadas nas fazendas e a definição das ações estratégicas, ficou definido que o dia 19 de março seria conflagrada a Insurreição. A estratégia de Elisiário era invadir a igreja e obrigar Frei Gregório a lhes dar a alforria prometida junto aos seus senhores, ou, lutar bravamente por ela, por meio das armas.

Chico Prego em batalha: foi dele o grito de liberdade

 

Imagem fotográfica mais antiga da Freguesia do Queimado, datada de 1875, somente 26 anos depois da Insurreição do Queimado, Serra. Na colina, na parte esquerda da foto, se vê a igreja. Foto de Albert Richard Dietze. Publicada no livro Memória Fotográfica da Serra de Paulo de Barros.

No dia 19, conduzidos sob o mando de Chico Prego, de João Pequeno e João da Viúva, o grupo de escravos se prostrou nas redondezas da igreja, enquanto Frei Gregório começava a preparar a missa de inauguração.

Antes que a população se alarmasse com o número de escravos ali reunidos, para desviar as atenções, Chico Prego e os demais chefes fizeram sinais convencionais para uma reunião. Era normal o trânsito livre de escravos. Enquanto isso Elisiário foi até a igreja ter a última conversa com Frei Gregório.

Enquanto os minutos se passavam, Chico Prego foi ficando apreensivo e encaminhou-se para o mato com os outros chefes. Escondidos, ele aconselhou aos companheiros que se separassem em grupos até a hora do aviso.

Para conhecer a posição dos acontecimentos, o escravo João (do capitão Rodrigues Velho) resolveu ir até a igreja se encontrar com Elisiário. Com isso, coube a Chico Prego o ato de invasão. A apreensão aumentava dentro e fora da igreja; Frei Gregório tentava persuadir Elisiário para demovê-lo a ideia da Insurreição; Elisiário então faz voltar o escravo João que transmitiu uma informação – tida como equivocada – a Chico Prego, dando conta de que quando a missa começasse, os escravos seriam declarados livres.

Decorreu o espaço de uma hora sem que houvesse novas informações; a ansiedade dominava os insurgentes, e Chico Prego, como general acostumado a ler nos soldados as inquietações do momento, foi em pessoa à igreja. Neste momento, Chico Prego constatou que o sacerdote suspendia a hóstia, ritual eucarístico que denota estar quase no final da missa. Elisiário tinha deixado passar em silêncio o momento combinado para a conflagração da Insurreição.

Ficou evidente para Chico Prego que o ensejo prefixado por Elisiário tinha-se escoado, colocando em risco o movimento libertário, narra Afonso Cláudio. Chico Prego então decide que o tempo urgia e sem demora deu o grito de liberdade, congregando seus companheiros de armas para a batalha. As legiões então avançaram para a igreja sob os gritos de alforria e liberdade.

Os insurgentes, em número superior, infundiam terror pela atitude hostil que apresentavam. Frei Gregório, temeroso, mandou fechar as portas do templo e fugiu. Afonso Cláudio relata que os escravos gritavam por liberdade e a impaciência de Chico Prego não encontrava a solidez que buscava nas promessas de Elisiário, o verdadeiro arquiteto da Insurreição e o elo entre os escravos e o Frei. O escritor, narra um Elisiário atônito e confuso.

Com os planos frustrados de conseguir a alforria ali na igreja, a estratégia passou a ser agregar o máximo de possível de adeptos a causa libertária para o conflito que viria. Por isso, os chefes do movimento começaram a libertar escravos das fazendas vizinhas; além disso, mandaram mensageiros comunicando aos escravos simpáticos pela insurgência, que o grupo se reuniria no dia seguinte (20) às ordens de Chico Prego no lugar chamado Pendi-Yuca (córrego cujas águas são tributárias do Rio Santa Maria, não se sabe exatamente em que local seria atualmente).

Chico e Elisiário se dividem: Insurreição se desmantela em dois grupos

Foto do Jornal Tempo Novo datada de 1988 publicado na edição de número 53.

No dia 20, o movimento já estava instável e muitos escravos desertavam; as milícias e os soldados a mando do Governo Provincial chegavam em números de homens e armas superiores.

O grupo passou a ser rastreado pela contra-insurgência, que não economizou recursos e esforços para encontrá-los. No transcorrer do dia os soldados conseguiram se aproximar dos escravos e deu-se início a batalha. Na confusão da fuga, à exceção de Chico Prego e João da Viúva que permaneceram firmes, todos os demais chefes debandaram-se surpresos pelo inesperado encontro da tropa, diz Afonso Claudio.

Os escravos tinham dimensionado mal o movimento das forças contrárias; eles supunham que as tropas ainda estariam estacionadas no Queimado. Os insurgentes experimentavam agora a fragilidade de sua união.

Elisiário, Carlos e João Pequeno, (escravos dos irmãos Alvarenga) atravessavam o rio a nado junto com um grupo que os seguia. Eles conseguiram fugir por meio da mata que deu cobertura contra o fogo da tropa.

Já Chico Prego e João da Viúva capitaneavam a retirada com os companheiros restantes, ou seja, do 2º grupo; a caçada durou até o dia 28 de março quando as fileiras inimigas foram engrossadas por mais milícias.

Neste dia o grupo de Chico Prego foi capturado pela força militar no rio Uruaba. Desse reecontro ficou morto João Francisco, um velho escravo do dr. Clímaco, que posteriormente seria o advogado dos escravos sentenciados no júri popular, conseguindo absolver 6 deles.

Nos relatos a seguir, Afonso Cláudio faz insinuações de que Elisiário, na verdade, teria abandonado seus pares no momento em que precisavam da união em torno de sua liderança. Vale destacar, que apesar das palavras escritas por Afonso Cláudio, Elisiário entrou para a história como um herói da Insurreição, ratificado em escritos de muitos pesquisadores e historiadores que trabalharam em torno da revolta. Enquanto Chico Prego era um escravo guerreiro, Elisiário era um intelectual entre os negros da época e demonstrava temer o conflito.

Elisiário a quem recorriam com bom êxito nas ocasiões apertadas, não restava nem sombra. Logo no desfiladeiro quando João da Viúva e Prego decidiram fazer a primeira descarga (ou seja, deram o primeiro tiro), Elisiário, com outros escravos já estavam a salvo dos inimigos na outra margem do rio. Os combatentes tinham, pois, perdido o chefe; o escravo rebelde que tanto era ousado para comprometer os companheiros quanto traiçoeiro para se escoimar [se livrar] de responsabilidades, deixou seus infortunados amigos em uma situação lamentável”.

Afonso Cláudio ainda caracteriza Chico Prego, como um “homem da luta, era o rebelde enfurecido disposto à vitória; tinha por companheiro esse valoroso João (da Viúva)”, entretanto, apesar da força de ambos, nenhum dos dois possuía capacidade para detalhar um plano de combate. Perdidos “pela deslealdade dos companheiros”, partiram em retirada para escapar às armas das tropas do Governo.

Deixavam cair às armas, lembrando-se dessa intrepidez que se anulou pelo peso da covardia daqueles mesmos que pouco tempo antes protestavam firmeza até à morte!”, narra Afonso Cláudio.

Somente em 4 de abril de 1849, o jornal Correio da Vitória noticiava as prisões, em tom comemorativo, mas sem citar os nomes dos escravos: “Em nome de toda a província cordialmente agradecemos ao Exm. Sr. Antônio Joaquim Siqueira assinalado serviço que nos prestou! Lamentamos a sorte dos fazendeiros, cujos escravos se insurgiram; porém a providência está livre. Quando acabávamos de traçar estas linhas, o Sr. Dr. chefe de polícia trazendo a satisfatória notícia de estar quase tudo acabado: vieram mais treze insurgidos, que pagarão pelo seu crime, o resto concentrou-se nas matas, e como a presidência não dorme, nem é incrédula, não lhes dará quartel”.

Chico Prego sabia que entraria para a história e não se curvou as atrocidades

Foto do Jornal Tempo Novo no final do anos 1980, já demonstrava o efeito do tempo e do desaso com o patrimônio histórico.

Afonso Cláudio diz em seu livro que Chico Prego foi um “chefe de cuja coragem nunca poderia duvidar”. Após ser capturado, Chico Prego foi escoltado por uma numerosa tropa até a prisão em Vitória.

Impassível [não detona sentimento], frio, sem trair uma comoção de susto sequer, o rebelde parecia interiormente satisfeito com a sorte que o aguardava. Se o movimento insurrecionário não o fizesse herói, a coragem da morte sagrá-lo-ia. O insurgente tinha um conhecimento nítido do seu valor; ele sabia que conspirando ofendia a ordem, mas também sabia que conspirava para ser livre. Por isso, era calmo, frio e resoluto”, finaliza Afonso Cláudio com ares poéticos, demonstrando que sua pesquisa apontava a exata dimensão histórica que Chico Prego tinha da Insurreição do Queimado e das ações que eternizariam seu nome como um herói.

Preso no dia 28 de março de 1849 e executado no dia 11 de janeiro de 1850, Chico Prego passou por todo o tipo de tortura na cadeia. Da fome, a doença e às agressões. Após ser sentenciado à morte no júri instalado em 31 de maio, Chico Prego ficou apodrecendo na cadeia. Foi tentado recurso por parte de João Clímaco, que advogou a favor dos escravos.

Tentativa que esbarrou em um Governo Imperial com sede pelo sangue dos escravos revoltosos, para que servissem de exemplo aos futuros aspirantes libertários. Mal sabendo eles, que a pesquisa histórica que culminou no livro publicado por Afonso Cláudio, seria querosene para o movimento abolicionista, que ganharia volume especialmente após 1983/1884 no Espírito Santo com a fundação da Sociedade Libertadora Domingos Martins.

Os escravos dos irmãos Alvarenga: Carlos, João Pequeno e Elisiário, foram capturados na fazenda do irmão do padre João Clímaco, no dia 28 de março, mesma data da captura de Chico Prego e João da Viúva – os cinco foram sentenciados a morte. Porém, em um caso misterioso, Carlos, João Pequeno e Elisiário, na madrugada do dia 07 de dezembro de 1849, conseguiram fugir da cadeia. E no dia 15 de dezembro, foi encaminhada para o Governo Provincial uma cópia do expediente do carcereiro de Vitória que comunicava um princípio de arrombamento da cadeia onde estavam Francisco Prego e João da Viúva.

Isso acelerou os trâmites para o enforcamento dos dois escravos que ainda se encontravam presos. Vale citar que desde o dia 03 do mesmo mês, já tinha o Governo Provincial recebido um aviso do Ministro da Justiça do Império para que Chico Prego e os demais fossem executados. Por isso, o Governo Provincial não poderia correr o risco de ver os últimos sentenciados à morte, foragidos.

Morte de Chico Prego: brutalmente assassinado por um carrasco vindo especialmente do Rio de Janeiro

Fotografia feita pelo Tempo Novo de um dos quadros do pintor Walter Assis. Foto: TN/2000

Para a ‘solenidade’ da morte de Chico Prego e João da Viúva, nada mais apropriado do que exportar um carrasco do Rio de Janeiro. Conferindo mais ‘status’ e visibilidade para o Governo Provincial.  O carrasco, cujo nome não se sabe, veio com um ajudante. Ambos chegaram por mar, através do iate ‘Boa Sorte’. Chegado a Vitória foi mantido em segurança por recomendação oficial, tendo solicitado um terno para si e para o seu ajudante.

Outro registro que faz Afonso Cláudio é sobre um conflito entre o então presidente da Província e o padre Francisco Antunes Siqueira. Este foi acusado pelo Presidente da Província (na época Felipe José Pereira Leal) de negligenciar a tradição de assistência religiosa horas antes que antecederam a execução da pena de morte.

Após ser resolvido o problema, o padre narra em uma das cartas, que teria ouvido de um dos réus – muito provavelmente se referindo a João da Viúva, devido à datação da carta – que ao ser perguntado se haveria “arrependimento de seus pecados“, o escravo teria afirmou que “não”, uma vez que estaria disposto a enfrentar corajosamente a morte por se considerar inocente, apontando a Frei Gregório como culpado dessa condenação.

A morte de Chico Prego foi brutal e cercada de atrocidades, para ser exemplo a futuros simpatizantes das causas libertadoras; ocorrida no dia 11 de janeiro, Chico Prego foi transportado em um esquema de segurança reforçado até a Serra Sede, local em que era tido como um escravo de imagem influente entre seus pares.

A manhã conservava-se clara; o sol derramava uma luz abrasadora. Ao ser conduzido para a Vila da Serra, Chico Prego não teria demonstrado um só movimento de covardia”, narra Afonso Cláudio. Acompanhado pelo padre e pelo carrasco, o escravo percorreu as ruas, em uma espécie de procissão, ouvindo o badalar da campainha que chamava atenção para dos populares.

Chegando ao sítio em que a forca tinha sido erguida – hoje, Praça Almirante Tamandaré, em Serra Sede, onde a estátua de Chico Prego está situada – o ritual de morte seguiu. Feita a última unção religiosa e Chico Prego de mãos atadas, subiu os degraus da escada, seguido do carrasco; o executor passou a corda em seu pescoço e amarrou suas mãos os seus pés para fazer maior pressão. Não é detalhado se a amarração foi feita pelas costas ou pela frente. Chico Prego foi posicionado e a alavanca foi puxada.

Chico Prego ficou ‘cavalgando’ pendurado com a corda no pescoço até esmorecer; eis que o carrasco corta a corda e atira o escravo no chão; como se ainda não fosse o suficiente, o executor ainda pegou um pedaço de madeira que se achava ao lado da forca e esmagou o crânio, os braços e as pernas de Chico Prego.

Após a selvageria do carrasco, estava cumprida a sentença: “a autoridade sentia-se restituída à amplitude do seu poderio arbitrário”, diz Afonso Cláudio. Ainda é narrada a tranquilidade pela qual os moradores vizinhos acompanharam as cenas animalescas:

As janelas abertas desde o começo da execução, mantinham-se em agradável compostura velhos e moços. Ali acenava-se para a tripeça homicida como para um bom exemplo de correção. O acompanhamento mortuário parecia triste pela célere terminação da cena (ou seja, o escritor narra a decepção dos populares pela ‘rápida’ execução de Chico Prego). Quantos não sentiam desejos de pedir bis. Aquilo era um fruto do tempo, e por isso não tinha travos. O sol erguia-se e cada vez mais intensos os seus raios escaldavam por uma revolta da natureza, a face da multidão se fartava do espetáculo”, escreve o autor do primeiro e mais importante retrato sobre a Insurreição do Queimado e suas consequências.

Insurreição do Queimado é um dos movimentos abolicionistas mais importantes do Brasil, ‘pena’ que ocorreu no ES

Escravos foram condenados a até 1.000 açoites em praça pública. Ilustração: arquivo nacional

A Insurreição do Queimado é objetivamente, um dos atos mais expressivos da história pró-abolicionista brasileira, mesmo que eventualmente não seja elencada como tal. De certo, se tivesse ocorrido em centros brasileiros de maior relevância, como Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro ou no Nordeste, muito provavelmente teria o reconhecimento devido e sua história incluída nos livros escolares obrigatórios na grade curricular do Ministério da Educação. Mas essa história é nossa, é capixaba, é da Serra, que muito se orgulha dos feitos daqueles cerca de 300 escravos que lutaram pela sua liberdade.

Entretanto, não deixa de ser lamentável que tal história de coragem e luta pela liberdade, ante a uma força esmagadora e inescrupulosa, seja tão pouco lembrado no Brasil, no Espírito Santo e comumente na própria cidade da Serra.

A Insurreição do Queimado vive por meio do imprescindível trabalho prestado por Afonso Cláudio, que tinha somente 25 anos quando publicou seu livro; e tantos outros pesquisadores e historiadores que viriam após ele, dando contribuições substanciais a empreitada histórica dos negros subversivos as atrocidades da escravidão.

Na Serra, Chico Prego ganhou uma estátua (2006) confeccionada pelo artista Genésio Jacob Kuster (conhecido como Tute) e restaurada em 2021; teve seu nome dado a uma Lei de Incentivo Cultural, que há muito não funciona mais. Em 1993, o Sítio do Queimado foi tombado e após quase ter suas ruínas totalmente desabadas, a Prefeitura da Serra revitalizou o local, transformando-o em um museu a céu aberto. A Insurreição do Queimado, é de longe, a maior expressão revolucionária anti-escravidão do Espírito Santo.

Genocídio de escravos foi aplaudido: “Grito de liberdade poderia ecoar por toda a província”

Sítio histórico do Queimado é a maior representação da luta dos povos negros pela liberdade. Foto: Divulgação/2018

Por mais controversa e absurda quando olhada sob a ótica da atualidade, para todos os efeitos legais e os preceitos morais/culturais da época, o presidente provincial, Antônio José Siqueira cumpriu com o dever que a ele cabia. Assim como os demais encarregados, como delegado Das Neves. Na época, eles foram exaltados como verdadeiros heróis da ordem e da pacificação.

Mas a história no fim, faz justiça. O movimento abolicionista, capitaneado, por exemplo, por Afonso Cláudio, eternizou seu nome no Espírito Santo, tornando-se ele o 1º Governador capixaba do Brasil República. Um município leva seu nome, e ele será para sempre reverenciado pelos seus feitos. Enquanto a Antônio José Siqueira e os demais dos ditos heróis, restou somente a menção como os algozes dos verdadeiros heróis, como Chico Prego, João da Viúva e Elisiário.

Seres humanos que tiveram a coragem de se levantar contra a barbárie, contribuindo para que o Espírito Santo e o Brasil caminhassem em direção ao processo civilizatório. ‘Ah, mas era a cultura da época’. Cultura é um conceito dinâmico, flutuante e em constante de mudança e aperfeiçoamento, que passam diretamente pela existência de pessoas revolucionárias, imbuídos de teor crítico, que questionaram a realidade que as rodeiam, como fez Chico Prego e Afonso Cláudio, por exemplo.

À época da Insurreição do Queimado, já pipocavam movimentos abolicionistas; e o Governo Imperial já vinha promovendo restrições ao sistema escravista. Ainda no Período Regencial a Lei Feijó, promulgada em 1831, já tinha proibido a importação de escravos no Brasil, sob pressão da Inglaterra. Em grande parte do mundo, o trabalho escravo já havia sido abolido.

Novamente sob pressão da Inglaterra, o Brasil promulgou, em 1850, ou seja, somente um ano depois da Insurreição na Serra, a Lei Eusébio de Queirós, que proibiu novamente a importação de escravos africanos e passava, dessa vez, a criminalizar quem infringisse a lei.

A campanha abolicionista, que se estendeu por um longo período até chegar realmente à abolição em 1888, gerou descontentamento nas elites econômicas, que se sustentavam por meio do trabalho escravo.

Vamos aos relatos: O Correio da Victoria na edição do Sábado do dia 24 de março de 1849 noticia pela primeira vez a Insurreição do Queimado na ótica da criminalização dos escravos e exaltação das ações provinciais para conter o movimento revoltoso.

É importante ressaltar que a Coluna Histórias da Serra optou por atualizar alguns termos publicados pelo jornal para promover uma leitura mais didática, visto que são relatos muito antigos:

“No dia 19 do corrente [março] um grande grupo de escravos armados invadiu a igreja da povoação do Queimado, na ocasião em que se celebrava o Santo Sacrifício da Missa, e em gritos proclamava a sua liberdade e alforria, e seguindo para diversas fazendas e aliciando os escravos delas, e em outras obrigando seus donos á darem a liberdade á seus escravos, engrossou em numero de 300 [escravos].

Ex. o Sr, presidente da província [Antônio José Siqueira] soube deste triste acontecimento ás 3 horas da tarde [do dia 19], e sem perda de tempo fez seguir para aquela povoação o chefe da policia acompanhado de tropa convenientemente municiada.

Estas providências, e outras que o presidente tem dado dedicação e valor dos habitantes daquele lugar; fizeram com que ontem fossem batidos tanto na povoação do Queimado, como na da Serra [Serra Sede] dos grandes grupos daqueles criminosos que ou morreram ou fugiram em completa debandada, deixando no campo as armas e munições que conduziam.

Em breve teremos de anunciar ao público e aos nossos leitores, que tranquilidade e segurança pública se acham inteiramente restabelecidas, e que os criminosos sofrerão um justo castigo de seus crimes. Ânimo, coragem e confiança no governo, e nada temos a recear. Cautela e vigilância nos Srs. Fazendeiros, para que no futuro não se repitam fatos semelhantes”, finalizava o Jornal.

Na edição do dia 28 de março, o mesmo jornal anunciava que a ‘paz estava restabelecida’ na Vila da Serra e exaltava a caça brutal e assassina empregada contra os negros.

“Do distrito do Queimado temos notícias muito lisonjeiras. O sossego público já se vai restabelecendo e seus habitantes já se vão libertando do terror que os haviam assombrado, graças às enérgicas medidas do Exm. Sr. Presidente da província e ao zelo e atividade que tem desenvolvido o Dr. Chefe de polícia [José Inácio Acioli de Vasconcelos] e o exímio juiz de paz daquele distrito [José Monteiro Rodrigues Velho].

Consta que a maior parte dos escravos insurgentes se tem apresentado aos seus senhores, exceto os ‘principais cabeças’ [líderes]. Acham presos na cadeia desta capital [Vitória], 30 escravos, dos quais participaram da insurreição e um desertor que também pactuou com eles defendendo a causa de sua pretendida liberdade.

Ontem seguiu para a vila da Serra a companhia de Guerrilhas novamente organizada pelo Exm. Sr. Presidente, em número de 28 praças comandada pelo cidadão Manoel Vieira da Victoria e Vasconcellos [chefe do cruel Antônio das Neves Teixeira Pinto] , afim de bater o sertão de Caiuába  [atual região rural da Serra], onde se supõe estarem reunidos o resto dos insurgidos, que ainda não foram capturados, nem se apresentaram aos seus senhores”, narrou a reportagem.

Já com o movimento totalmente sufocado por meio da matança desenfreada e coordenada por milícias sanguinárias, o Correio da Victoria publicava no sábado dia 31 de Março de 1849 uma felicitação aprovada na Assembleia Provincial destinada ao presidente da província do Espírito Santo, Antônio José Siqueira – que deu as determinações do genocídio dos escravos.

Segue a felicitação:A Assembleia Provincial faltaria a um sagrado dever se deixasse de agradecer á V. EX. as sabias medidas, com que soube sufocar em sua nascença esse grito aterrador, que levantado no distrito do Queimado teria de em breve ecoar em outros lugares da província.

A insurreição, Exm Sr., que se atreveu a levantar o colo no Queimado e cujos resultados soam sempre ser os mais funestos, teria de por sem dúvida enlutar a província, senão estivesse ela debaixo da direção de um tão prudente como zeloso administrador. Hoje, porém que graças a V. Ex., e ao paternal cuidado do Governo Imperial já se pode afirmar achar-se restabelecida a tranquilidade pública, nada resta á província, senão fazer votos pela conservação de V. Ex”.

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