
O mosquito Aedes aegypti não dorme no ponto. Por isso é necessário ficar de olho nos cuidados com quintal e plantas para evitar a proliferação do inseto que transmite doenças como dengue, zika e chikungunya.
Na Serra, desde o início deste ano, foram registrados, segundo a Secretaria de Saúde (Sesa), 311 notificações de casos de dengue, 10 de zika e 49 de chikungunya, contra 809, 27 e 322, respectivamente, em 2021.
De acordo com a Sesa o planejamento de ações de combate ao Aedes aegypti, transmissor dessas doenças, é feito de acordo com o número de casos. Entre as ações mais efetivas estão: visitas domiciliares; os bloqueios de UBV leve (eliminação em massa de criadouros do mosquito); além da visitação de pontos como cemitério, ferro-velho, borracharia, casa de acumuladores de lixo estão incluídos na rotina dos agentes.
A população também pode fazer sua parte, nesse trabalho de prevenção e combate ao Aedes aegypti, não deixando água parada, quintais sujos, tonéis destampados, entre outras ações.
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No caso de sugestão ou denúncia, a população pode fazer contato com a vigilância, através do Disque-Dengue, que funciona de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas, pelo 3228- 5394.
Espírito Santo
Em todo o Estado, nos meses de março e abril as altas temperaturas trouxeram consequências diretas às notificações de casos da dengue. Nas últimas quatro semanas epidemiológicas de 2022 que correspondem ao período de 27 de março a 23 de abril, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) registrou 45,3% de todas as notificações do ano: 2.348 casos do total de 5.173 desde janeiro.
Segundo o chefe do Núcleo Especial de Vigilância Ambiental, Roberto Laperriere Júnior, a questão climática é um dos fatores que proporciona o aumento de novos casos, não somente da dengue, mas das demais arboviroses, como Zika e Chikungunya.
“A dengue é considerada uma doença endêmica, temos durante todo o ano, mas sabemos que a questão climática auxilia no ciclo de reprodução do mosquito. Os dias mais quentes, principalmente sucedidos de chuvas, formam o cenário ideal para o Aedes aegypti, uma vez que o calor acelera o ciclo do mosquito”, explicou Laperriere.
E o calor do mês de abril, mesmo no outono, já marcou um dos maiores aumentos de casos notificados, quando comparado aos últimos três anos.
“São dados que monitoramos diariamente e, apesar do aumento nessas semanas, temos tido uma redução nos casos notificados quando comparado especialmente a 2019, ano que registramos mais de 70 mil casos. É uma redução de 79% entre as semanas epidemiológicas e para que isso continue, precisamos garantir todo cuidado no combate ao mosquito”, reforçou o profissional.

