Cardiopatia congênita: diagnóstico precoce ajuda a salvar vida de bebês

Compartilhe:
cardiopatia
Médica Larissa Galvão, especialista em Medicina Fetal alerta sobre cardiopatia congênita. Foto: Divulgação

Caracterizadas por malformações que surgem durante o desenvolvimento fetal e que impactam na anatomia e no funcionamento do coração, as cardiopatia congênitas estão entre as mais comuns (a cada 100 bebês nascidos, um terá cardiopatia).

Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 30 mil crianças nascem com o problema no Brasil e aproximadamente 40% vão necessitar de cirurgia ainda no primeiro ano, o que representa 12 mil pacientes.

O problema se tornou mais conhecido após o ator Juliano Cazarré anunciar que sua filha caçula, Maria Guilhermina, nasceu com uma cardiopatia congênita rara chamada Anomalia de Ebstein. A bebê passou sete meses internada e segue o tratamento precisando de muitos cuidados.

A médica especializada em Medicina Fetal Larissa Galvão ressaltou que o acompanhamento pré-natal e o diagnóstico precoce são fundamentais para o tratamento adequado de bebês com o problema.

“Há casos em que as crianças diagnosticadas passam por um tratamento cirúrgico nas primeiras horas ou dias de vida, já em outros também pode ser feita uma intervenção ainda durante a gestação, dependendo da gravidade da cardiopatia”, explicou.

O diagnóstico de cardiopatias é feito por meio do ecocardiograma fetal, exame que avalia o coração do bebê, e quando feito por médico especialista e experiente em coração fetal detecta cerca de 98% das alterações.

+ Páscoa: dermatologista explica relação entre chocolate e saúde da pele

“A descoberta dessas doenças cardíacas ainda na fase uterina permite que seja feito o tratamento adequado precocemente, minimizando os seus impactos e o risco para a vida do bebê. E isso salva muitas vidas”, reforçou Larissa.

O ecocardiograma é feito preferencialmente entre 24 a 28 semanas de gestação. “Esse exame deve ser indicado como exame de rotina, pois 90% dos bebês que nascem com algum tipo de cardiopatia vêm de mães consideradas de baixo risco”, alertou a médica Larissa Galvão.

 

Foto de Gabriel Almeida

Gabriel Almeida

Jornalista há 11 anos, Gabriel Almeida é editor-chefe do Portal Tempo Novo. Atua diretamente na produção e curadoria do conteúdo, além de assinar reportagens sobre os principais acontecimentos da cidade da Serra e temas de interesse público estadual.

Leia também