Capivara decide se refrescar no mar de Jacaraípe e surpreende banhistas na Serra

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Foto: Divulgação
O animal foi flagrado ‘curtindo’ uma onda e chamou a atenção de quem passava pelo local. Foto: Divulgação

Imagina a seguinte cena: você está na praia, decide entrar na água e se depara com uma capivara tomando banho de mar. Foi isso que aconteceu com banhistas de Jacaraípe, na Serra, nesta segunda-feira (21). O animal foi flagrado ‘curtindo’ uma onda e chamou a atenção de quem passava pelo local.

O registro foi feito pela moradora da região, Marcia Fernandes. De acordo com ela, a capivara foi vista dentro das águas do mar de Jacaraípe no bairro Estância Monazítica. Na região, é comum a presença de capivaras nas regiões de alagados e lagoas.

De acordo com o biólogo Cláudio Santiago não é necessário ter medo do animal, mas o melhor é não tentar muito contato.

“Elas são animais dóceis e circulam perto das pessoas se não se sentirem ameaçadas; elas não vão atacar nenhuma pessoa ou outro animal se elas não forem intimidadas. Naturalmente, os animais atacam para se defenderem, em último caso. Mas é raríssimo encontrar, na literatura, uma capivara que atacou uma pessoa sem ser motivada a esta ação.”

E continuou: “a capivara é o maior roedor do mundo, mas é nativa da América do Sul. O tipo de ambiente é aquele que já sabemos: alagados. Elas preferem passar boa parte da vida na água e nas margens de lagoas e rios”, ressaltou o biólogo.

Apesar de o animal ser dócil, existe um perigo para a saúde humana e de animais domésticos. Acontece que as capivaras possuem o carrapato-estrela (Amblyomma cajennense) como parasita – que é reservatório da bactéria Rickettsia rickettsii, causadora da febre maculosa. O homem, ao ser picado por um carrapato contaminado, pode desenvolver a doença.

Cláudio alertou para os riscos, mas também destacou a importância e obrigação de respeitar essa espécie de animal.

“Um problema que pode acontecer do contato destes animais com seres humanos é que eles são animais que tem o carrapato estrela como parasita. Eles ajudam na disseminação dos carrapatos por onde elas circulam. E este parasita pode ser um potencial risco a saúde humana por conta da febre maculosa que pode até levar a morte. Fora isso, esses animais, como qualquer outro da fauna brasileira, é protegido e qualquer tipo de contato de agressão ou manejo não autorizado é passível da legislação vigente”, finalizou.

Encontrei um animal silvestre, o que faço?

Os moradores que encontrarem animais silvestres devem acionar a equipe de resgate pelos telefones (27) 3291-7435 ou (27) 99951-2321. De terça-feira a domingo é possível fazer contato das 8 às 0h. Já na segunda-feira, das 8 às 17 horas. Importante ressaltar que maltratar animal silvestre é crime previsto em lei.

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Gabriel Almeida

Jornalista há 11 anos, Gabriel Almeida é editor-chefe do Portal Tempo Novo. Atua diretamente na produção e curadoria do conteúdo, além de assinar reportagens sobre os principais acontecimentos da cidade da Serra e temas de interesse público estadual.

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