
Imagina a seguinte cena: você está na praia, decide entrar na água e se depara com uma capivara tomando banho de mar. Foi isso que aconteceu com banhistas de Jacaraípe, na Serra, neste domingo (3). O animal foi flagrado ‘curtindo’ uma onda e chamou a atenção de quem passava pelo local.
O registro foi feito por moradores da região De acordo com relatos a capivara foi vista dentro das águas do mar de Jacaraípe. Vale ressaltar que, na região, é comum a presença de capivaras.
O animal foi retirado da água por um salva-vidas e devolvido para seu habitat natural.
O biólogo Cláudio Santiago conversou com o Jornal Tempo Novo e afirmou que não é necessário ter medo do animal, mas o melhor é não tentar muito contato.
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“Elas são animais dóceis e circulam perto das pessoas se não se sentirem ameaçadas; elas não vão atacar nenhuma pessoa ou outro animal se elas não forem intimidadas. Naturalmente, os animais atacam para se defenderem, em último caso. Mas é raríssimo encontrar, na literatura, uma capivara que atacou uma pessoa sem ser motivada a esta ação.”
E continuou: “a capivara é o maior roedor do mundo, mas é nativa da América do Sul. O tipo de ambiente é aquele que já sabemos: alagados. Elas preferem passar boa parte da vida na água e nas margens de lagoas e rios”, ressaltou o biólogo.
Biólogo faz alerta sobre capivaras
Apesar de o animal ser dócil, existe um perigo para a saúde humana e de animais domésticos. Acontece que as capivaras possuem o carrapato-estrela (Amblyomma cajennense) como parasita – que é reservatório da bactéria Rickettsia rickettsii, causadora da febre maculosa. O homem, ao ser picado por um carrapato contaminado, pode desenvolver a doença.
Cláudio alertou para os riscos, mas também destacou a importância e obrigação de respeitar essa espécie de animal.
“Um problema que pode acontecer do contato destes animais com seres humanos é que eles são animais que tem o carrapato estrela como parasita. Eles ajudam na disseminação dos carrapatos por onde elas circulam. E este parasita pode ser um potencial risco a saúde humana por conta da febre maculosa que pode até levar a morte. Fora isso, esses animais, como qualquer outro da fauna brasileira, é protegido e qualquer tipo de contato de agressão ou manejo não autorizado é passível da legislação vigente”, finalizou.
Encontrei um animal silvestre na Serra, o que faço?
Os moradores que encontrarem animais silvestres devem acionar a equipe de resgate pelos telefones (27) 3291-7435 ou (27) 99951-2321. De terça-feira a domingo é possível fazer contato das 8 às 0h. Já na segunda-feira, das 8 às 17 horas. Importante ressaltar que maltratar animal silvestre é crime previsto em lei.

