
Uma capivara entrou em uma área de empresa da Serra e foi resgatada pela equipe de Fiscalização Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) na tarde desta terça-feira (5).
O animal havia invadido uma área de uma empresa em Jardim Limoeiro. Funcionários acionaram os agentes que levaram a capivara, um macho de porte médio, pesando cerca de 40kg, para ser solta na Área de Proteção Ambiental (APA) Lagoa Jacunem, em Barcelona.
O chefe do Departamento de Fiscalização Ambiental, Marcos Tosta, explicou que é comum encontrar animais silvestres no bairro devido à proximidade de áreas de mata no entorno da região.
No caso de se deparar com qualquer animal silvestre, a orientação é de não se aproximar, ou tentar qualquer interação.
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“Evite tentar capturá-lo pois somente as equipes de agentes ambientais estão preparadas para lidar com essa situação”, recomenda Tosta.
Também é importante manter o animal em seu campo de visão e entrar em contato, imediatamente, com a Fiscalização Ambiental pelo telefone (27) 9 9951-2321 ou pelo aplicativo Colab.
Saiba mais sobre a capivara, animal que entrou em empresa na Serra
O biólogo Cláudio Santiago conversou com o Jornal Tempo Novo, destacando a importância de não temer os animais, embora seja prudente evitar contato excessivo com a capivara.
“Elas são animais dóceis e se aproximam das pessoas quando não se sentem ameaçadas; elas não atacarão pessoas ou outros animais a menos que se sintam intimidadas. Geralmente, os animais recorrem ao ataque como última forma de defesa. No entanto, é extremamente raro encontrar relatos na literatura de uma capivara atacando um ser humano sem provocação prévia.”
Ele acrescentou: “A capivara é o maior roedor do mundo e é nativa da América do Sul. O habitat preferido são áreas alagadas. Elas tendem a passar a maior parte de suas vidas na água ou às margens de lagoas e rios”, enfatizou o biólogo.
Biólogo alerta sobre os perigos relacionados às capivaras
Apesar de serem dóceis, as capivaras podem representar um risco para a saúde humana e de animais domésticos devido à presença do carrapato-estrela (Amblyomma cajennense), que é um vetor da bactéria Rickettsia rickettsii, causadora da febre maculosa.
Uma pessoa pode contrair a doença ao ser picada por um carrapato infectado. Cláudio alertou para os riscos, mas também ressaltou a importância e a responsabilidade de respeitar essa espécie.
“Um dos problemas do contato com esses animais é que eles são hospedeiros do carrapato-estrela, facilitando a disseminação desses parasitas nas áreas por onde circulam. Esses parasitas representam um risco significativo à saúde humana devido à febre maculosa, que pode ser fatal. Além disso, esses animais, assim como outros da fauna brasileira, são protegidos, e qualquer forma de contato agressivo ou manejo não autorizado está sujeito às penalidades previstas na legislação”, concluiu.

