Cerca de 30 mil mulheres no Brasil recebem diagnóstico de algum tipo de câncer ginecológico todos os anos, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).
Para alertar a população feminina acerca dessas neoplasias, neste mês acontece a campanha Setembro em Flor, voltada para a conscientização dos tumores malignos que afetam o aparelho reprodutor feminino, que são: colo uterino, ovários, endométrio, vagina e vulva.
A médica oncologista Virgínia Altoé Sessa destacou alguns sintomas que são sinais de alerta para estas doenças. “Sangramento vaginal anormal, dores pélvicas, inchaço abdominal, lesões na vagina, como bolhas e feridas, e perda de peso sem causa aparente. Os sintomas dos cânceres ginecológicos variam muito de acordo com o tipo e a localização do tumor, mas é fundamental ficar atenta a esses sintomas e, se apresentar um ou mais, procurar um ginecologista”.
Outra medida preventiva indispensável, segundo a especialista, é manter os exames ginecológicos em dia. “Mesmo sem sentir nada, é preciso fazer os exames regularmente, conforme orientação do seu ginecologista. Isso ajuda, inclusive, a detectar a doença em sua fase inicial, o que aumenta bastante as chances de cura e de um tratamento menos invasivo”, destacou a oncologista.
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Uma das neoplasias ginecológicas mais incidentes é o câncer de colo de útero, e como essa doença está relacionada ao vírus HPV, uma das formas de prevenção é a vacina, preferencialmente antes do início das atividades sexuais.
No SUS, o imunizante está disponível para meninas e meninos de 9 a 14 anos. Para adultos, só na rede particular.
Há também a opção da vacina NONAvalente, que protege de nove sorotipos do HPV. A vacina do SUS é a quadrivalente e protege contra somente quatro sorotipos, que são os principais na gênese de doenças associadas ao HPV (6, 11, 16 e 18).

