Há um ano, no mês de setembro, Maíra Viana, carioca radicada no Espírito Santo, comemorou o título do Circuito Mundial de Bodyboarding, em Sintra, Portugal. E a atual campeã tem presença confirmada na edição 2025 do Wahine Bodyboarding Pro, que começa nesta quinta-feira (11), reunindo as melhores atletas do mundo, na praia de Jacaraípe, na Serra, Espírito Santo. É a última etapa feminina do Circuito Mundial, que definirá as campeãs da temporada nas categorias Profissional, Pro Junior e Máster.
“É ótimo competir em um evento de nível mundial em casa. A expectativa é fazer um bom resultado e compartilhar momentos que uma competição voltada para as mulheres proporciona”, afirma a atleta negra, de 37 anos, radicada há 15 anos no Espírito Santo.
Este ano, Maíra não estará em Sintra, penúltima etapa feminina do Circuito, ainda em setembro. As disputas em Portugal terminaram no domingo (7) e o Wahine será realizado a partir desta quinta e até o dia 21. “Não fui para Portugal. Preferi focar 100% na última etapa, que é o Wahine, pois são seguidas. Infelizmente, esse ano o Circuito foi curto, não tive bons resultados nas duas primeiras etapas e não estarei na disputa pelo bicampeonato”, explica a campeã, atual número 11 no ranking mundial”, explica.
“Fui bem no Circuito Brasileiro e vice-campeã Pan-Americana, enquanto no Mundial não consegui repetir bons resultados. Fora as competições, sigo trabalhando com meu patrocinador, a fábrica de prancha Fenix Boards, testando novos materiais e focando muito na preparação física fora do mar”, observa.
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“A conquista do Mundial me trouxe um pouco mais de reconhecimento pelo status do título, mas sigo com minha vida normal, conciliando meu trabalho de professora de educação física com a atleta de bodyboarding profissional”, completa a atleta.
Maíra disputou o Circuito Mundial completo em 2023 – terminando no ranking como top 5 – e em 2024, quando encerrou a temporada como campeã e número 1 do mundo, tendo vencido três etapas – Iquique e Antofagasta, ambas no Chile, e Sintra, em Portugal. A medalha de prata no Pan-Americano foi conquistada em Punta Rocas, no Peru.
O ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro
O evento reunirá cerca de 120 bodyboarders de mais de 10 países e premiação total de 45 mil dólares (R$ 250 mil). Juntamente com as categorias Profissional, Pro Junior e Máster, valendo o título mundial de 2025, serão realizadas categorias especiais: PCDs (amputadas, mastectomizadas e deficientes visuais), exclusiva no Wahine, sem contar pontos para o Circuito Mundial, e Mães&Filhos, celebrativa, sem caráter competitivo oficial.
O projeto idealizado por Neymara surgiu em 2021. “Wahine”, que significa mulher na língua havaiana, evidencia o resgate da conexão com os povos indígenas das ilhas do Havaí e inspira o evento. Foi em águas havaianas que a atleta venceu uma das mais acirradas disputas do Circuito Mundial, na Praia de Pipeline, ganhando em 2006 e 2011.
O Circuito Mundial Feminino tem quatro etapas ao longo do ano (Agadir/Marrocos, Iquique/Chile, Sintra/Portugal e Wahine/Brasil) e distribui total de 220 mil dólares de premiação.

