As campanhas para vacinação de cães e gatos estão surtindo efeito. O Brasil completou dez anos sem registros de raiva humana transmitida por variantes virais típicas de cães (AgV1/AgV2). O resultado é proveniente também da distribuição gratuita de vacinas e soros antirrábicos para humanos e animais. Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), são investidos cerca de R$ 231 milhões por ano em imunização.
O último caso de raiva humana de que se tem notícia no País foi registrado em 2015, no Mato Grosso do Sul, na região de fronteira com a Bolívia. Antes disso, em 2013, houve ocorrência no Maranhão. Apesar disso, especialistas apontam para a importância de manter a atenção sobre outros reservatórios, como morcegos e primatas não humanos
Desde a criação, em 1983, do Programa Regional de Eliminação da Raiva, da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), os casos na América Latina caíram em 98% (de, aproximadamente, 300 registros naquele ano, para apenas 3 em 2024). Globalmente, a raiva transmitida por cães ainda causa milhares de mortes por ano, principalmente na Ásia e na África.

