Câmara da Serra dará posse a suplentes em meio a tensões e judicialização

Compartilhe:
Suplentes: Willian da Elétrica (PDT), Marcelo Leal (MDB) e Thiago Peixoto (Psol). Crédito: divulgação.

A Câmara Municipal da Serra convocou, nesta segunda-feira (13), os suplentes dos vereadores afastados por decisão judicial. Com isso, devem tomar posse às 15h desta quarta-feira (15) Thiago Peixoto (Psol), Marcelo Leal (MDB) e Willian da Elétrica (PDT), respectivamente suplentes dos vereadores Welington Alemão (Rede), Cleber Serrinha (MDB) e Saulinho da Academia (PDT).

Outro suplente, Sérgio Peixoto, não deve assumir por enquanto, já que não é um dos postulantes que assinaram o mandado de segurança.

O Diário Oficial desta terça-feira (14) deve trazer informações sobre as exonerações relativa aos assessores dos vereadores afastados — 15 servidores por gabinete, totalizando cerca de 60 cargos comissionados que deixarão suas funções.

A Procuradoria da Câmara tentava evitar a posse dos três suplentes, mas a defesa dos requerentes protocolou uma petição apontando descumprimento da decisão liminar. Diante disso, o presidente interino, Willian Miranda (União), foi obrigado a fazer a convocação, sob pena de multa diária de R$ 10 mil, podendo chegar a R$ 50 mil.

Dos três vereadores convocados, Willian da Elétrica é o mais experiente, já tendo exercido mandato no legislativo anterior. Marcelo Leal e Thiago Peixoto chegam como novos nomes à Câmara. Leal tem atuação voltada para a comunidade, especialmente nos bairros de Serra Dourada. Já Peixoto é médico e se tornará o primeiro vereador do Psol a ocupar uma cadeira no parlamento municipal.

Cabe ressaltar que a Câmara da Serra passa por um profundo processo de instabilidade política em sua composição. Além dos quatro vereadores afastados — entre eles o então presidente Saulinho da Academia —, há pelo menos três ações judiciais em andamento que pedem a cassação de chapas sob a acusação de fraude na cota de gênero.

Um desses processos já se encontra em estágio avançado na Justiça. A depender do resultado, novas mudanças podem ocorrer, inclusive com reflexos diretos na mesa diretora, já que o partido União Brasil — do atual presidente interino, Willian Miranda — está entre os envolvidos. O desfecho pode levar a uma nova eleição interna na Câmara.

Foto de Mari Nascimento

Mari Nascimento

Mari Nascimento é repórter do Tempo Novo há 21 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal, principalmente para a de Política.

Leia também