Yuri Scardini
Com um orçamento de R$ 384 milhões e uma rede de ensino de 65 mil alunos, a secretaria de Educação da Serra é indubitavelmente umas das maiores vitrines políticas do Espírito Santo. E não era para menos que a decisão judicial da última sexta-feira (25) que afastou Márcia Lamas à frente da pasta, causasse um verdadeiro reboliço na cidade.
Entre muito disse e me disse a dúvida se a decisão tem algum viés político, ainda repercute bastante. Verdade é que a promotora de justiça responsável pela ação é conhecida no meio político, como durona. Mas é inegável também que um possível afastamento de Márcia da função de vice joga um banho de água fria nos plano do prefeito, que vinha ensaiando uma candidatura ao governo estadual. É isso que se ouve no meio político.
É claro que há qualquer momento a justiça pode conceder uma liminar retornando com Márcia à função. Ainda mais diante do currículo de Márcia, que é absolutamente afastado de escândalos dessa natureza. Mas é uma corrida contra o tempo, enquanto a situação se mantém, vai ficando cada vez mais perigoso. Audifax ainda aguarda um parecer positivo ou negativo sobre a situação jurídica do processo para tomar alguma medida.
Não é à toa, em meio a dificuldades de quadros técnicos e políticos, Márcia representa um nome de enorme experiência, que conhece como ninguém os caminhos para a gestão da Educação na Serra, é técnica e é política. Substitui-la não seria uma das tarefas mais fáceis.

