A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu um homem de 45 anos suspeito de esfaquear e matar o vizinho em frente ao filho da vítima no Bairro Lagoa de Carapebus, na Serra. As informações sobre as investigações foram divulgadas na tarde desta quinta (29) durante entrevista coletiva na Chefatura de Polícia Civil.
Janilto Magalhães Lopes, de 45 anos, era vizinho de Douglas Cosme da Silva, de 36 anos, e no dia 9 de abril deste ano, uma briga verbal em um bar entre Jayme Magalhães, pai de Janilto, desencadeou em agressões físicas envolvendo Douglas e os filhos de Jayme.
Em meio ao confronto, Janilto usou um objeto cortante, possivelmente uma faca, e acertou o coração de Douglas, que foi a óbito quase que imediatamente. Tais cenas foram assistidas pelo filho da vítima, uma criança.
O delegado geral da Polícia Civil, José Darcy lamentou o crime principalmente por ser um homicídio motivado por uma briga banal e fútil e relatou sobre a reviravolta da investigação, que inicialmente apontava Jeová, pedreiro que realizou uma obra na casa de Douglas, como principal suspeito.
“O crime em questão é um crime de proximidade, no qual todos os envolvidos já se conheciam. O que a gente lamenta é o fato de que a morte poderia se impedida, pois foi por uma razão fútil e banal”, disse o delegado.
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“Segundo o apurado ao longo da investigação, Jeová, pedreiro e suspeito inicial, foi cobrar um serviço prestado na casa de Douglas e por lá começou uma discussão, que cessou com o pagamento das obras. Porém, Jayme, em um bar do bairro, começou a discutir com Douglas e essa briga continuou durante o caminho para a casa. Os filhos de Jayme receberam uma informação de que Douglas teria agredido o pai, e logo agressões mútuas entre ambos começaram, até que Douglas recebeu uma facada no peito, caiu e morreu em frente ao seu filho, uma criança”, relatou José Darcy, que ainda pediu atenção para a população sobre a divulgação de pessoas acusadas de crimes.
“Inicialmente, por ter tido uma discussão, Jeová, que inclusive socorreu a vítima, foi acusado como um dos suspeitos, e chegou a ser ameaçado, tendo que sair do bairro. As pessoas tem que ser cautelosas quanto a divulgação e crença dessas informações, que podem acarretar na morte de inocentes por indivíduos que desejam fazer justiça com as próprias mãos”, alertou o delegado.
O adjunto da Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) Serra, delegado Daniel Fortes, também durante a coletiva, relatou sobre o processo de prisão de Janilto, que negou a princípio o envolvimento no crime e chegou a alegar atestado médico em seu local de trabalho para evitar um mandado de prisão.
“Janilto tinha uma passagem pela prisão antiga, em 2005, por porte de arma de fogo. Realizamos uma investigação com ele, que negou totalmente qualquer envolvimento na morte de Douglas, apesar de diversas testemunhas, inclusive Jeová e o próprio filho de Douglas, indicarem ele como o culpado. Em seguida, a DHPP foi realizar o mandado de prisão preventiva e foi ao local de trabalho de Janilto, uma empresa de ônibus, que informou que ele havia entregado um atestado médico”, disse Daniel Fortes.
“Posteriormente, com mais investigações, foi descoberto que Janilto iria buscar um cartão em um banco, e dessa forma o acusado foi preso no bairro Jardim da Penha, Vitoria, no momento em que foi buscar o cartão do INSS para então receber um benefício do governo”, acrescentou o delegado.
