Auxílio emergencial terá mais quatro parcelas de R$ 300, anuncia Bolsonaro

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Anúncio foi feito por Jair Bolsonaro e equipe de governo na manhã de hoje. Foto: Marcos Corrêa/PR
Anúncio foi feito por Jair Bolsonaro e equipe de governo na manhã de hoje. Foto: Marcos Corrêa/PR

O presidente Jair Bolsonaro anunciou na manhã desta terça-feira (1) que o auxílio emergencial será prorrogado por mais quatro meses, mas as parcelas serão de R$ 300. Até agora, os serranos e demais brasileiros inclusos no programa estavam recebendo a quantia de R$ 600. O anúncio foi feito no Palácio do Alvorada, em Brasília, com ministros e parlamentares da base do governo.

O auxílio é destinado aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais, autônomos e desempregados, como forma de dar proteção emergencial durante a crise causada pela pandemia da covid-19. O benefício começou a ser pago em abril, e foi estabelecido em três parcelas de R$ 600.

O auxílio emergencial foi criado originalmente para durar três meses, mas depois, o governo prorrogou por duas parcelas (julho e agosto). O valor de R$ 600 foi mantido em todo esse período.

Inicialmente, o ministro da Economia, Paulo Guedes, propôs parcelas de R$ 200 por beneficiário. O Congresso pressionou por um aumento para R$ 500, mas o valor acabou fechado em R$ 600 após aval do presidente Jair Bolsonaro.

O benefício é a medida mais cara do pacote anticrise, e já demanda R$ 254,4 bilhões em recursos considerando as cinco primeiras parcelas.

O anúncio de Bolsonaro também foi transmitido pela suas redes sociais. Na saída da coletiva, o presidente e demais membros do seu governo ignoraram jornalistas que estavam no local e não quiseram responder as perguntas feitas.

Ajuda

De acordo com a Agência Brasil, cerca de 4,4 milhões (6,5%) de domicílios brasileiros sobreviveram, em julho, apenas com a renda do auxílio emergencial pago pelo governo federal para enfrentar os efeitos econômicos da pandemia de covid-19. Entre os domicílios mais pobres, os rendimentos atingiram 124% do que seriam com as rendas habituais, aponta estudo publicado nesta quinta-feira (27) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

A ajuda financeira também foi suficiente para superar em 16% a perda da massa salarial entre as pessoas que permaneceram ocupadas, segundo a análise que usa como base os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Covid-19 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Foto de Gabriel Almeida

Gabriel Almeida

Jornalista há 11 anos, Gabriel Almeida é editor-chefe do Portal Tempo Novo. Atua diretamente na produção e curadoria do conteúdo, além de assinar reportagens sobre os principais acontecimentos da cidade da Serra e temas de interesse público estadual.

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