A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) intensificou as ações de investigação e fiscalização em estabelecimentos comerciais do Estado após os recentes casos de intoxicação por metanol registrados em São Paulo e outros estados brasileiros. As atividades resultaram na identificação de pontos de falsificação de bebidas no Estado e a Serra é possivelmente um desses locais.
No caso específico da Serra, garrafas usadas são recolhidas, lavadas de forma inadequada e reutilizadas com bebidas de baixa qualidade. Aa autoridades presentes na ação acreditam que essas falsificações não envolvem metanol, mas ainda assim podem representar risco sanitário devido à falta de higiene e à presença de bactérias. As amostras recolhidas serão encaminhadas à Polícia Científica do Espírito Santo (PCIES), que realizará a análise laboratorial para verificar se há alterações químicas ou contaminações.
As operações estão sendo realizadas por meio da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), em parceria com o Instituto Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-ES) e a Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales).
As ações tiveram início na quinta-feira (02), prosseguindo com diligências na terça-feira (7) e quarta-feira (08). Os alvos são distribuidoras de bebidas localizadas na Grande Vitória, onde foram coletadas amostras de bebidas que apresentavam indícios de adulteração e ausência de documentação fiscal.
Nos três dias de fiscalização, aproximadamente 20 estabelecimentos em toda a Grande Vitória foram vistoriados. Cerca de 200 produtos com indícios de falsificação, como uísque e gin, foram retirados de circulação. Embora nem todos estivessem formalmente identificados como irregulares, havia fortes evidências de falsificação, motivo pelo qual foram retirados do mercado”, explicou o delegado Eduardo Passamani, titular da Decon.
A ação a finalidade: recolher os produtos para análise técnica e reprimir a prática de falsificação no Estado. A fiscalização se concentrou em distribuidoras e pontos de revenda, principais fornecedoras de bebidas para bares, restaurantes e eventos. Muitos dos produtos apreendidos não possuíam nota fiscal nem comprovação de procedência, o que já configura irregularidade.

