
O assassinato do tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, Marcelo Aloizio de Arruda, ganhou repercussão nacional. Ele foi morto a tiros na própria festa de aniversário de 50 anos, que tinha como tema o PT e o ex-presidente Lula; Marcelo era Guarda Municipal, deixou esposa e quatro filhos.
O atirador foi identificado como Jorge José da Rocha Guaranho, policial penal federal e apoiador do presidente Jair Bolsonaro. A polícia investiga se o crime teve motivação política. Para a imprensa nacional, a esposa da vítima afirmou perto da meia noite, o atirador chegou ao local, sem ser convidado, gritando palavras de ordem e efetuando disparos.
No ES autoridades se pronunciaram sobre o caso; em sua rede social o Governador Renato Casagrande (PSB) disse que “nas últimas semanas tivemos episódios de violência em atos políticos, e agora o assassinato de um trabalhador com fortes indícios de ter sido por motivação política” e pediu “unidade e fortalecimento das instituições para garantirmos eleições democráticas e seguras”.
O deputado federal Felipe Rigoni (União Brasil) também se posicionou a respeito do crime: “A tragédia ocorrida em Foz do Iguaçu é extremamente lamentável. Esse clima de guerra, por causa da política, tem que ter fim. O povo brasileiro precisa estar unido. Minha solidariedade aos familiares e amigos neste momento de tamanha dor”, finalizou.
Leia também
O ex-deputado federal Carlos Manato (PL), que é um dos expoentes dos bolsonarismo no ES publicou uma nota em que “repudia qualquer tipo de violência, seja qual for o motivo a incentivar a ação”. E completou: “sentimos muito pela dor das famílias que perderam entes queridos. E ressaltamos o compromisso em fazer política do bem: propositiva, comprometida, que gere esperança e resultados para nossa gente”.
O senador Fabiano Contarato (PT) atribuiu o crime ao “extremismo e a violência do bolsonarismo”, que segundo ele “fizeram sua primeira de muitas vítimas nessa temporada eleitoral sangrenta e sombria: um guarda civil e militante petista, que comemorava seu aniversário”; e completou a nota dizendo: “Minhas condolências aos familiares do companheiro Marcelo!”.
Da Serra, o ex-deputado federal e ex-diretor do Detran, Givaldo Vieira (PSB) também comentou o caso: “É muito preocupante esse ambiente de violência que fez mais uma vítima por motivação ideológica, dessa vez no Paraná. A incitação ao ódio destrói vidas, sonhos, famílias. A política tem de ser construída na base do diálogo, do respeito, da construção coletiva, da democracia!”.
Já Roberto Carlos, ex-deputado estadual classificou o crime como um ato fascista: “Que a violência política e o fascismo sejam combatidos pela sociedade brasileira para evitarmos mais mortes. Que Marcelo Aloizio de Arruda seja o último brasileiro vítima da intolerância”, finalizou.
A reportagem procurou nas rede sociais de outros políticos ligados a Serra, como o prefeito Sérgio Vidigal, o ex-prefeito Audifax Barcelos e os deputados estaduais com domicílio eleitoral na cidade; nenhum deles se pronunciou.

