O palco da revolta de escravos mais importante do Espírito Santo, o Sítio Histórico do Queimado foi palco de um encontro de ativistas culturais que celebraram Chico Prego, o grande herói da Insurreição do Queimado, ocorrida em 19 de março de 1849.
O encontro ocorreu no dia 11 de janeiro e contou com a participação de diversos artistas e ativistas culturais. À frente da organização estão o professor Irineu Cruzeiro, Rogério Morais e Teodorico Boa Morte que criaram o grupo cultural ‘Guardiões do Queimado’.
A agenda ocorreu próximo às ruínas da Igreja de São José do Queimado e teve como objetivo a formação do grupo “Guardiões do Queimado” que organizará um evento a Chico Prego e João da Viúva, em 11 de janeiro de 2021. “Todos se comprometeram a contribuir com algumas das necessidades do sítio histórico, através de um trabalho coletivo e democrático para proteger e promover a memória histórica e cultural do Distrito de São José do Queimado, além de encaminhar solicitações ao serviço público para a inclusão de 11 de janeiro como dia oficial de Chico Prego, o grande herói do Queimado, no calendário oficial do município da Serra”, conta o professor Irineu Cruzeiro.
A próxima reunião do grupo deve ocorrer em fevereiro (data a ser agendada), na Serra sede.
“Chico Prego e João da Viúva se mantiveram firmes e altivos em seus propósitos de lutas por libertação até o momento de suas execuções pelo carrasco Ananias e se tornaram símbolos da luta pela liberdade dos escravizados capixabas. Merecem ser lembrados”, pontua Irineu.
Estiveram no encontro escritores, músicos, professores, ativistas culturais, movimento negro, produtores de áudio visuais e outros amigos do Queimado. “Foram realizadas atividades culturais, como varal de poesias e fatos históricos, leituras pelos escritores Teodorico Boa Morte, Marcos Arrébola e pelo poeta Marco Zumbi, apresentações musicais, passeio em grupos pelo sítio histórico (na área segura) e uma animada “Roda de Conversas” sobre a situação da memória histórica e do patrimônio histórico do Queimado e foram esclarecidos alguns fatos ali ocorridos nos anos oitocentos”, destaca Irineu Cruzeiro.
Informações podem ser obtidas na página do Facebook “Guardiões do Queimado” ou pelo e-mail guardioesdoqueimado@gmail.com.