Assassinatos na Serra crescem 19% com caos na segurança do estado

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durante a greve da PM, policiais civis e rodoviários federais tiveram trabalho dobrado para tentar conter a violência, que aumentou muito. Foto: Divulgação
durante a greve da PM, policiais civis e rodoviários federais tiveram trabalho dobrado para tentar conter a violência, que aumentou muito. Foto: Divulgação

Thiago Albuquerque

O primeiro trimestre de 2017 terminou, e com ele, 99 pessoas foram assassinadas na Serra.  Um aumento de 19% com relação ao primeiro trimestre de 2016, onde 83 pessoas foram mortas no município. O mês de 2017 com o maior número foi fevereiro, onde 50 pessoas perderam a vida. Depois vem março, com 30 e janeiro com 19. Os dados são da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social –Sesp.

Para a Sesp, a razão do aumento dos homicídios no trimestre se deu por conta do caos na segurança pública, deflagrado com a greve da Polícia Militar entre os dias 03 e 21 de fevereiro. Antes disso, a maior parte dos municípios capixabas – incluindo a Serra – vinham experimentando uma curva de redução dos assassinatos.

Agora, pontua a assessoria de imprensa da Sesp, é tentar reduzir mês a mês.  Os dados mostram também que a Serra foi responsável por 23% dos 128 homicídios registrados no estado no mês de março. Com isso a cidade segue na liderança dos assassinatos no ES. E quando se compara com suas co-irmãs da Grande Vitória, é que fica claro o quão alarmantes são os números.
Enquanto foram assassinadas 30 pessoas em março na Serra, Vila Velha e Cariacica tiveram 14 registros cada. Vitória, 11. Guarapari, quatro. Não houve registros em Viana e Fundão no período.

Em todo o estado, das 128 vítimas de homicídios em março, 17 eram mulheres, o que representa 13% dos casos. Só na Grande Vitória dez mulheres foram mortas, representando 71% dos registros. E neste quesito, Vila Velha e Cariacica lideraram com três mortes cada. Já a Serra e Vitória tiveram duas mulheres mortas cada.

 

Foto de Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli é repórter e chefe de redação do Jornal Tempo Novo, com 25 anos de atuação na equipe. Ao longo de sua trajetória, já contribuiu com diversas editorias do portal e hoje se destaca também à frente da coluna Divirta-se.

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