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As coisas no governo Paulo Hartung estão paradas

A deputada Luiziane Lins disse que a Serra é uma das prioridades nacionais do PT. Foto: Bruno Lyra

Depois de 20 anos, o PT pode voltar a ter uma candidatura própria para a prefeitura da Serra em 2016. Esta semana o partido trouxe à cidade a deputada Federal Luiziane Lins, que compõe a executiva nacional da legenda. Ela e o deputado federal Givaldo Vieira, principal liderança petista da cidade com mandato, falam sobre este projeto do partido que vê a Serra como prioridade eleitoral.

É uma estratégia do partido priorizar cidades de médio porte como a Serra?

São 20 anos sem uma candidatura própria do PT, e agora com muita pouca participação no governo. A Serra é uma prioridade eleitoral para o PT nacional. Estamos impressionados com o desenvolvimento da cidade, feiras de mármore, parte turística, potencial da indústria, com a logística da cidade, um roteiro de comércio nacional e internacional. É muita coisa em um município de 500 mil habitantes. Mas não pode crescer de qualquer jeito, pois pode perder o rumo. E o PT está no momento certo de assumir o protagonismo.
As dificuldades que o PT vem enfrentando a nível nacional não podem atrapalhar?

O PT nasceu na adversidade, não é a primeira vez que passa por dificuldade. Teve uma época que qualquer briga de galo era culpa do PT, e quando chegou Lula teve um sentido inverso. Não abandonamos a base sindical. As pessoas cobram muito mais do PT do que de outros partidos. Agora é a hora das autocríticas. Entre nós, brigamos até chegarmos a um resultado comum, não precisam brigar pela gente.

O ES é o um dos primeiros estados que o PT elegeu governador com Vítor Buaiz. Mas foi um governo problemático, que buscar estabilidade na direita. Isso não pode acontecer com Dilma?

Temos que aprender com a experiência. A Dilma está entendendo que o PT e os movimentos sociais vão segurar qualquer perspectiva de golpe que a direita vai querer dar. A Dilma precisa entender quem realmente está governando com ela.

Os adversários políticos estão tentando associar o nome do Lula à corrupção na Petrobrás. Ele é candidato? Ou ele possa ser descontruído como liderança política?

Liderança popular não cai assim. A grande missão da direita no Brasil é acabar com a figura do Lula. E ele está animado, se for pra voltar, ele volta. Eu o conheço, o cara chegou aonde chegou porque todo dia ele dá expediente. É uma pessoa que decidi lutar por um Brasil melhor. Não vai ser descontruído como estão pensando.

Quem será o candidato do PT na Serra, o deputado Givaldo ou o professor Roberto Carlos?
Primeiro queremos discutir um projeto administrativo para a Serra e isso vai levar a uma série de debates que já estão acontecendo. Em relação ao nome, todos têm as condições de chegar, eles vão se entender.

 

Givaldo

Dos cerca de 50 mil votos para federal, o senhor teve 5,9 mil na Serra. Como viabilizar uma candidatura? 

Não estou preocupado agora em ser ou não candidato. Dentro do partido muitos me estimulam. Então conversei com eles: vamos começar colocando o partido para discutir a cidade e construir um projeto genuíno, para a partir dele se colocar com nomes.

Tem o nome do senhor e do ex-deputado estadual e ex-candidato a governador, Prof. Roberto Carlos. Quem deve vir?

Não estamos gastando energia com isso. Se o partido precisar de mim, estarei à disposição para concorrer à Prefeitura. Não estou me colocando, acabei de me tornar deputado federal.
Qual a expectativa do PT para fazer vereadores em 2016?
A meta mínima é de três que é o que temos hoje. Isso seria um acréscimo, porque tínhamos dois, mas herdamos vaga.  Estamos preparando a chapa para organizar esse objetivo. Buscar aliados e ajudá-los.

O senhor vê possibilidade de aproximação entre Audifax Barcelos e Sérgio Vidigal? 

Não sei. Quem pode falar sobre isso são os dois.

Essa divisão é boa para a cidade?

O que não é bom para a Serra é a velha política de revezamento de grupos onde há luta pelo poder. É preciso uma reflexão profunda sobre os rumos da Serra.  Os conselhos não funcionam, o orçamento participativo virou uma peça fictícia, perdeu credibilidade, lideranças comunitárias são cooptadas. Também precisamos de um crescimento sustentável, sem destruir nossos rios, córregos, lagoas, ter um projeto de uso do Mestre Álvaro, que está abandonado. E cuidar das pessoas, pois aqui não temos política de cultura, esporte e lazer.

Quais são as emendas parlamentares do Deputado Givaldo para a Serra?     

De R$ 4,8 milhões que temos, tem em torno de R$ 1 milhão. Uma parte na saúde para a construção de uma unidade de saúde em José de Anchieta II, promoção da pesca e para os direitos da mulher. Tem também minha participação na indicação da emenda de bancada, os 13 deputados capixabas foram unânimes em apontar R$ 40 milhões para o Contorno do Mestre Álvaro.   

Qual balanço o senhor faz dos sete primeiros meses de mandato?

Vieri membro da Comissão de Educação e propus a criação da subcomissão da educação profissional, na qual me tornei presidente. Criei e presido a frente parlamentar da regularização fundiária. Tenho atuado em frentes sobre a crise da água e na regulamentação da profissão de artesão.

Como está a relação do PT da Serra com o prefeito Audifax Barcelos.

Temos a vice-prefeita Lourência Riani e uma responsabilidade com o atual prefeito, mas nos próximos dias a relação será interrompida por causa da própria conduta do prefeito. Ele não respeita o PT.

Qual avaliação desses 8 primeiros meses do governo Hartung?

Um governo que ainda estamos aguardando. As coisas estão paradas e há uma informação de ajustes fiscais, replanejamento do governo. O estado não pode parar, tem uma importância nacional.

Gabriel Almeida

Jornalista do Tempo Novo há mais de oito anos, Gabriel Almeida escreve para diversas editorias do jornal. Além disso, assina duas importantes colunas: o Serra Empregos, destinado a divulgação de oportunidades; e o Pronto, Flagrei, que mostra o cotidiano da Serra através das lentes do morador.

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