Estradas nas cabeceiras dos principais rios capixabas vêm recebendo desde 2006 produtos feitos a partir de escória, rejeito da siderurgia, com o objetivo de melhorar a pavimentação. A usina de fabricação de placas de aço da ArcelorMittal Tubarão na Serra é a origem das substâncias, chamadas Revsol e Revsol Plus.
Segundo a Arcelor, os produtos são doados e, em 13 anos, foram encaminhados para 36 municípios capixabas, onde estão rios das bacias do Itapemirim, Doce, Benevente, Jucu, Santa Maria e Reis Magos. Os últimos quatro são responsáveis pelo abastecimento de 1,9 milhão de moradores da Grande Vitória. A Serra é atendida pelos rios Santa Maria e Reis Magos.
Em nota divulgada no último dia 7 de março, a empresa informou que as doações já beneficiaram 770 km de vias rurais e estradas vicinais em todo o estado. Para isso, foram aplicados 1,9 milhão de toneladas das substâncias, também denominadas pela empresa como coprodutos.
Sobre os riscos ambientais desses coprodutos – uma vez que a chuva carrega terra e outros materiais aplicados nas estradas rurais para os cursos d’água -, a Arcelor afirma que não há problema.
Em 2017, a empresa já havia respondido a este questionamento, informando que um dos benefícios do Revsol é reduzir a erosão e o carreamento de materiais sólidos para os cursos d’água. Informou, ainda, que a substância é classificada como não perigosa, segundo a Norma ABNT NBR 10.004.