Após Jurong mudar plano de saúde para Samp, metalúrgicos entram em greve

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O Estaleiro Jurong passou a contar com os serviços da Samp e essa mudança gerou revolta entre os trabalhadores. Crédito: Divulgação

Insatisfeitos com a mudança no plano de saúde sem consultar a categoria, metalúrgicos do Estaleiro Jurong, que fica vizinho a Serra, em Aracruz, fizeram uma paralisação de um dia, ocorrida na última quarta-feira (15). Nos canais oficiais do Sindicato dos Metalúrgicos do Espírito Santo (Sindimetal-ES) a instituição aponta que a mudança vai provocar a interrupção de tratamentos médicos e dificuldade de acesso a atendimento de saúde conveniado.

“Com adesão geral, os metalúrgicos do Estaleiro Jurong Aracruz (EJA) mantiveram os braços cruzados nesta quarta-feira (15) em protesto às mudanças no plano de saúde feitas pela empresa. Para piorar a situação, a Jurong, em um total desrespeito ainda suspendeu o adiantamento do pagamento dos trabalhadores como forma de represália”, acusou o Sindimetal-ES em nota.

O Estaleiro Jurong passou a contar com os serviços da Samp e essa mudança gerou revolta entre os trabalhadores.

“A paralisação foi iniciada nesta terça-feira (14) após a empresa – sem consultar o sindicato e os empregados – alterar o benefício dos metalúrgicos, desconsiderando o que foi estabelecido na Convenção Coletiva de Trabalho firmada em 2022. A mudança vem gerando uma série de problemas para os companheiros que, inclusive, estão tendo que parar tratamentos médicos iniciados, devido ao novo plano demorar em atender ou devido à redução na cartela de médicos conveniados”, diz o sindicato em nota publicada no site da instituição.

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Alguns metalúrgicos ainda alegam que, para evitar interromper o tratamento, estão arcando com os custos, sob a promessa do plano de ressarcimento. “Entretanto, o procedimento está gerando uma série de prejuízos financeiros. O Sindimetal-ES tentou dialogar com a empresa a fim de resolver a situação, mas não houve avanço”.

Além dos metalúrgicos do EJA, a paralisação também atingiu os trabalhadores da Petrobras e da Modec, que são clientes da Jurong e atuam no estaleiro e das metalúrgicas terceirizadas. A nota finaliza com um indicativo de que se o Estaleiro não rever a contratação do novo plano de saúde, as paralisações devem continuar. “O Sindimetal-ES espera que a empresa resolva imediatamente essa questão tão séria que envolve a saúde dos empregados e seus familiares e coloque fim à greve dos trabalhadores”.

Vale ressaltar que apesar de estar em Aracruz, muitas empresas da Serra são parte da cadeia produtivo do Estaleiro Jurong, e por isso, as possíveis novas paralizações dos trabalhos podem acabar gerando impactos econômicos na Serra. Até o momento o Estaleiro Jurong não se pronunciou sobre o caso.

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Gabriel Almeida

Jornalista há 11 anos, Gabriel Almeida é editor-chefe do Portal Tempo Novo. Atua diretamente na produção e curadoria do conteúdo, além de assinar reportagens sobre os principais acontecimentos da cidade da Serra e temas de interesse público estadual.

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