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“A Serra está para o Estado como Campinas está para São Paulo”

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Ferraço disse que a centralização do poder político em Brasília precisa ser revista para maior autonomia dos municípios. Foto: Divulgação
Ferraço disse que a centralização do poder político em Brasília precisa ser revista para maior autonomia dos municípios. Foto: Divulgação

De Cachoeiro de Itapemirim, o senador Ricardo Ferraço (PMDB) pode estar de malas prontas para o PSDB. Ele levou recentemente para o seu lado o pré- candidato à prefeitura da Serra, Vandinho Leite, que pode ser aposta tucana para uma terceira via no município. Ricardo fala dessa aproximação com Vandinho, analisa a conjuntura do governo Dilma, o Espírito Santo e a Serra.

Nessa experiência de Congresso Nacional o senhor imaginava ver um cenário tão complicado?

Sou senador há 3,5 anos, fui deputado federal, senador, secretário de Agricultura do ES e vice-governador. Estou cada vez mais convencido que a solução para o Brasil e o Espírito Santo não passa por Brasília. A concentração de poder político e econômico é muito grande. Precisamos fazer uma profunda reforma. É preciso deslocar esse poder para os estados e municípios. O atual modelo está esgotado, sobretudo pela forma equivocada que a presidente Dilma vem conduzindo a economia e a política brasileiras.

Com as lideranças que nós temos há espaço para essas mudanças que o senhor propõe?

 Há muito discurso nessa direção, mas pouco espaço político por parte da presidente e dos principais partidos, incluindo aí o meu (PMDB). É extremamente desfavorável para nós capixabas, por exemplo, o governo federal tomar conta do Porto de Vitória, ao invés do governo do Estado.

É essa concentração de poder que permite uma presidente com apenas 7% de aprovação se manter no cargo?

 Se fosse num país com parlamentarismo, por exemplo, já teria sido votado o que se chama voto de censura, porque o problema do governo Dilma não é só a crise de popularidade, a questão central é que perdeu credibilidade para tocar o país, pois perdeu a oportunidade de fazer as reformas necessárias. O grande problema é que estamos a 3,5 anos de uma nova eleição. Será um período muito duro para a sociedade brasileira.

O senhor crê num processo de impeachment contra a presidente?

 A crise é complexa, é política e econômica. As instituições estão fazendo seu papel, apurando, investigando, denunciando. Tem esse instituto da delação premiada que tem revelado esses fatos que estão envergonhando o país.  É o caso da Lava Jato.  Um bando tomou conta da Petrobrás para assaltá-la.  Se ao final da investigação ficar constatado que houve participação da presidente, acho que ela pode sofrer processo por crime de responsabilidade. Ninguém está acima da lei. Mas neste momento é preciso aguardar as apurações.

Na hipótese de impeachment , o país pode enfrentar distúrbios provocados por movimentos sociais e entidades ligadas ao PT, como CUT e MST?

 Não acredito, mas é preciso que observe o devido processo legal, nenhum estado de direito consegue se impor sem regras, métodos e ritos claros.  O estado brasileiro foi sequestrado para um conjunto de interesses que não são da sociedade brasileira.

Mas para o impeachment precisa da responsabilização direta da presidente. Até agora não há fatos que a vinculem diretamente.

O senhor foi eleito pelo PMDB, mas ensaia uma mudança rumo ao PSDB. O que o motiva?

Há algum tempo que considero extremamente incompatível à posição de meu partido. O PMDB é o maior do país, mas de um tempo para cá se subordinou a ser auxiliar de um projeto que está esgotado. Tenho me manifestado publicamente sobre isso para ver a decisão que vou tomar.

Se a nível nacional o PMDB virou força auxiliar do PT, no estado o PSDB faz esse papel com o governador Paulo Hartung…

Há diferença grande entre o projeto político liderado pelo governador Paulo Hartung e do projeto liderado pela presidente. Hartung retoma a liderança do ES de novo num momento complexo. Ele lidera um projeto que tem um propósito claro de organizar as finanças públicas, resgatar a capacidade de investimento, diferente do projeto da presidente Dilma que não tem qualquer propósito e esperança.

Estamos entrando num momento em que começam a se desenhar as forças nas eleições municipais em 2016. O senhor é pré-candidato a prefeito da capital?

 Não. Sou candidato a continuar honrando os capixabas em Brasília como senador defendendo o Espírito Santo.

O que levou a aproximação com o ex-deputado e ex-secretário estadual de esportes Vandinho Leite, que acabou de se filiar no PSDB e está no gabinete do senhor?

 O Vandinho, apesar de ser muito jovem, já exerceu dois mandatos de deputado estadual, foi secretário de estado. Portanto tem experiência administrativa, política, foi vereador. Precisava de alguém com esse perfil na minha equipe para que pudesse fazer a interlocução de meu mandato com os princípios e valores relacionados ao municipalismo. Ele tem a tarefa de fazer a interlocução com os municípios.

Como o senhor enxerga o papel da Serra no desenvolvimento econômico, social e até político do ES? 

A Serra é uma cidade estratégica para o Espírito Santo. Ela está para o nosso estado como Campinas está para São Paulo. É nossa locomotiva industrial e tem dado uma contribuição decisiva econômica e social do nosso estado. Cresceu muito nos últimos anos, mas agora passa por dificuldades e desafios. Por ser um município industrial e onde tem arranjos importantes como atacadista, logística, está sofrendo com os equívocos econômicos da presidente Dilma.

Há 30 anos a Serra era um município dependente da atividade agrícola e a história mostrou enorme capacidade de superação, ousadia. Então precisamos estar todos juntos para superar esse desafio.

 

 

 

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