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Vítima de conspiração ou algoz do Brasil?

Esta semana ministros do Supremo Tribunal Federal – STF jogaram a pá de cal em cima da esperança de milhares de brasileiros, que esperavam ver prosperar o pedido de impeachment da presidenta Dilma Roussef. Provocados por deputados federais do PT, dois ministros concederam liminares suspendendo a tramitação do processo na Câmara Federal.

Na ressaca da vitória, a presidente Dilma voltou a atacar a oposição, acusando-a de golpista e destilando veneno através de um discurso raivoso. O discurso da presidente é evasivo, sem conteúdo e sem respeito a milhões de brasileiros que a querem longe do cargo.

A presidente Dilma, o ex-presidente Lula e o PT de Rui Falcão usam de uma truculência verbal descomunal contra todos aqueles que pregam o impeachment. Eles desconsideram a real situação do país e acham que é só deputados e senadores da oposição que querem ver a Dilma e o PT longe do poder. Não é não.

Hoje, milhões de pessoas, de diversas faixas etárias, sem nenhuma militância política e de classes sociais distintas pregam a saída da presidente. São pessoas que perderam seus empregos e já não conseguem pagar suas contas; é gente que tinha seu negócio e viu a crise econômica engolir uma história de luta; são estudantes que acreditaram na promessa do governo de financiar sua faculdade; são jovens desiludidos com o mercado de trabalho; são donas de casas, aposentados e uma infinidade de brasileiros indignados com a corrupção de lideranças do partido que comanda o país.

A presidente se faz de vítima de uma trama política que quer tirar-lhe do cargo. Na verdade o povo desse país que é a vítima das mentiras pregadas para garantir a sua vitória na eleição; o povo desse país que é vítima do desemprego, da volta da inflação, da roubalheira na Petrobras e em outros órgãos e empresas estatais.

O povo desse país é que é vítima de um modelo de governo montado para aparelhar um partido político e perpetuar-se no poder.

Liderança inflada artificialmente 

Nas décadas de 1960 e 1970 o Brasil vivia sob uma ditadura militar; uma briga ideológica de esquerda contra direita. Foi um período marcado por torturas, assassinatos, prisões ilegais, perseguições políticas, exílios e falta de liberdades de expressão e política. Desse período surgiram grandes nomes da política nacional, como Ulisses Guimarães, Franco Montoro, Mario Covas, Miguel Arraes, Leonel Brizola, José Serra, Fernando Henrique Cardoso.

Todos eles ocuparam grandes espaços políticos nas décadas de 1980 e 1990 e nenhum deles decepcionou o povo, pelo contrário; por onde passaram deixaram um legado positivo, tanto os que morreram quanto os que estão vivos.

Dilma Roussef fez parte desse movimento de esquerda, militou, foi presa, torturada, mas não era uma protagonista, não era reconhecida nem pela sua liderança e nem pela sua linha de raciocínio, apenas fez parte do movimento. Depois que se tornou ministra do governo Lula, teve a sua participação ampliada, destacada, de propósito, tudo para valorizar o seu passado de luta e criar-lhes as condições de chegar à presidência.

Dilma está longe de ter a sua inteligência e capacidade comparada com a de José Serra, de FHC, bem como com qualquer outro nome citado. Ela está em um grau de inteligência bem abaixo daqueles seus contemporâneos do período de ditadura militar, tanto que foi a última alcançar o poder e mesmo assim não o alcançou por mérito próprio não e sim pelas mãos hábeis de Luiz Inácio Lula da Silva.

A decepção do povo brasileiro é pelo conjunto dos fatos dos últimos anos: a incompetência administrativa, a corrupção, as mentiras, as alianças espúrias, o aparelhamento do estado por um partido, a crise econômica, a falta de humildade da presidente e de seus auxiliares para admitir a crise.

Gabriel Almeida

Jornalista do Tempo Novo há mais de oito anos, Gabriel Almeida escreve para diversas editorias do jornal. Além disso, assina duas importantes colunas: o Serra Empregos, destinado a divulgação de oportunidades; e o Pronto, Flagrei, que mostra o cotidiano da Serra através das lentes do morador.

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