Vidigal pede autorização para pegar R$ 300 milhões em empréstimos e fazer obras

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De acordo com o prefeito Sergio Vidigal, o empréstimo não vai comprometer as contas públicas a Prefeitura. foto: divulgação
De acordo com o prefeito Sergio Vidigal, o empréstimo não vai comprometer as contas públicas a Prefeitura. foto: divulgação

Está nas mãos dos vereadores da Serra o pedido de autorização do prefeito Sérgio Vidigal para contrair até R$ 300 milhões em empréstimos visando à execução de obras no município. O Projeto de Lei de número 53/2022 foi protocolado no último dia 25 de fevereiro e se encontra na Procuradoria da Câmara para receber um parecer jurídico.

No escopo do texto, o prefeito detalha que a operação de crédito será junto a Caixa Econômica Federal e os R$ 300 milhões serão divididos no limite do que determina o banco, que são pagamentos de R$ 100 milhões por ano durante os próximos três anos de mandato (2022, 2023 e 2024).

A operação de crédito ocorrerá por meio do FINISA, que é um programa de Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento voltado ao Setor Público com processos de contratação e prestação de contas considerados ágeis e simplificados. Vale ressaltar que o documento é apenas um pedido de autorização legislativa, e não o empréstimo em si, que será feito junto a Caixa.

Esta autorização é um pedido que precede a operação de crédito, não podendo o prefeito seguir adiante em caso de recusa dos vereadores, incorrendo no risco de cometer improbidade administrativa.

O prefeito sustenta que a operação de crédito está dentro dos limites da capacidade de endividamento e de pagamento anual do município, considerando o valor da receita corrente líquida, descontados os valores dos compromissos financeiros informados no cadastro de dívida pública para o ano.

Além disso, Vidigal argumenta no projeto que os recursos a serem contratados terão por finalidade contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população da Serra por meio de investimentos em infraestrutura urbana, mobilidade, entre outros.

Para garantir a tomada de crédito, a Prefeitura ajustou o projeto ao modelo disponibilizado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) que estabelece como forma de garantia as cotas de repartição de recursos constitucional da Prefeitura, como o Imposto de Circulação de Mercadorias – ICMS e/ou Fundo de Participação dos Municípios – FPM. Ou seja, em caso de hipotético não pagamento, a Caixa fica autorizada a debitar as parcelas do empréstimo direto da cota de repasses da União e do Estado com a cidade.

Vidigal ainda salienta que não cabe emenda parlamentar alterando a finalidade da operação de crédito a ser contratada pela Prefeitura, pois diz respeito à gestão das finanças públicas cuja disciplina é de iniciativa reservada ao Chefe do Poder Executivo Municipal, ou seja, do prefeito Sergio Vidigal.

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Yuri Scardini

Yuri Scardini é diretor de jornalismo do Jornal Tempo Novo e colunista do portal. À frente da coluna Mestre Álvaro, aborda temas relevantes para quem vive na Serra, com análises aprofundadas sobre política, economia e outros assuntos que impactam diretamente a vida da população local. Seu trabalho se destaca pela leitura crítica dos fatos e pelo uso de dados para embasar reflexões sobre o município e o Espírito Santo.

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